PUBLICADO EM 04 de out de 2021
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Frentistas de SP participam de debate púbico de mobilização contra proposta do autoatendimento nos postos

Sindicalistas e parlamentares presentes afirmam: “A ideia de permitir a instalação de bombas de autoatendimento representa grave retrocesso ao país”

A audiência pública da Câmara Municipal de Sorocaba abordou a proposta em tramitação no Congresso Nacional, de instalação de bombas de autosserviço nos postos de combustíveis (Emenda 18, de autoria do Dep. Federal Kim Kataguiri-DEM-SP), na noite do dia 27 de setembro. Representando os trabalhadores em postos de combustíveis, estava Luiz Arraes, presidente da Federação Paulista dos Frentistas ( FEPOSPETRO) e do Sinpospetro de Osasco-SP, e Luiz Alberto Teixeira de Oliveira, presidente do Sindicato dos Frentistas de Sorocaba.

O debate público, realizado a partir da iniciativa do vereador Cícero João, contou também com a participação do deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), dos vereadores Fábio Simoa (Republicanos), Fausto Peres (Podemos) e Francisco França (PT). . “Tão logo soube da apresentação dessa emenda em nível federal, apresentei projeto de lei que proíbe a implantação desses equipamentos em Sorocaba e propus esta audiência pública para discutirmos o assunto”, afirmou Cícero João ao abrir a Audiência.

O parlamentar observou que, no Brasil, há cerca de 500 mil frentistas e defendeu a mobilização dos deputados federais para que essa proposta não seja aprovada no Congresso Nacional.

Em sua fala, Luiz Arraes destacou que modernização tecnológica tem que ser inclusiva, para facilitar a vida da população e não para gerar desemprego. Ele criticou a justificativa apresentada para a emenda que possibilita o autoatendimento nos postos é a queda no preço dos combustíveis. “Ocorre que os frentistas representam apenas 2% dos preços dos combustíveis, o alto preço dos combustíveis decorre de outros fatores”, afirmou. O dirigente sindical acrescentou, ainda, que o desemprego- consequência direta da emenda de Kim Kataguiri (DEM-SP) -, desagrega famílias e aumenta a violência. Também Luiz de Oliveira, do sindicato da categoria em Sorocaba, corroborou esses argumentos e disse que os frentistas “estão pedindo socorro” diante dessa proposta.

Projeto do vereador – Para tentar coibir localmente a implantação das bombas de autosserviço, caso ela venha a ser aprovada no Congresso Nacional, o vereador Cícero João apresentou o Projeto de Lei nº 332/2021, que trata do assunto e está tramitando na Câmara Municipal de Sorocaba, aguardando parecer da Comissão de Justiça. O projeto proíbe a instalação de bombas que dispensam o trabalho do frentista (por isso são chamadas de “autosserviço”) e prevê multas para o estabelecimento que infringir a regra, caso aprovada. O projeto aguarda parecer da Comissão de Justiça.

Na justificativa de sua proposta, Cícero João enfatiza que o objetivo de seu projeto é também o de evitar acidentes graves, com o manuseio das bombas pelos clientes, que não estão preparados para operá-las. “Se for permitido que qualquer pessoa possa manusear as bombas, certamente ocorrerão diversos acidentes, pois se trata de material de alta periculosidade por ser inflamável, conter benzeno, e outras substâncias insalubres e perigosas”, enfatiza ainda o vereador.

Com informações da FEPOSPETRO e da Câmara Municipal de Sorocaba

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  • José Eduardo Ribeiro da Silva

    Todo mundo sabe que esse projeto, não funciona no Brasil, tem lutar pela aposentadoria do frentistas aprovada na comissão de assuntos sociais que seja votado esse ano

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