PUBLICADO EM 10 de out de 2024
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Frentista é o trabalhador mais vulnerável ao benzeno, diz pesquisador da UFPB

Dia Nacional de Luta contra a Exposição ao Benzeno: conheça os riscos enfrentados pelos frentistas e trabalhadores expostos

Frentista é o trabalhador mais vulnerável ao benzeno, diz pesquisador da UFPB

Frentista é o trabalhador mais vulnerável ao benzeno, diz pesquisador da UFPB

O Dia Nacional de Luta contra a Exposição ao Benzeno é comemorado em cinco de outubro.

Para lembrar a data, a Fiocruz realizou um debate com representantes sindicais, trabalhadores e pesquisadores nesta quarta-feira (9).

A vice-presidente do SINPOSPETRO-RJ, Aparecida Evaristo participou de forma hibrida.

Assim como os frentistas, trabalhadores de diversas categorias estão expostos diariamente ao benzeno. O produto, altamente cancerígeno, é usado em larga escala nos setores produtivos da indústria.

A estimativa é de que mais de sete milhões de trabalhadores no Brasil estejam expostos ao benzeno.

De acordo com Danilo Costa, pesquisador da Universidade Federal da Paraíba, os trabalhadores de postos de combustíveis são os mais vulneráveis à contaminação pelo benzeno.

Ele disse que a participação dos frentistas nos debates é necessária devido ao elevado grau de exposição e risco à saúde da categoria.

Os pesquisadores do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Fiocruz) apresentaram um parecer técnico a respeito da Regulamentação da Exposição ao Benzeno.

Os sindicatos e os trabalhadores protestaram contra as alterações no Anexo 13-A da NR-15, que define as atribuições e procedimentos para prevenir a exposição ocupacional ao benzeno, com o objetivo de proteger a saúde do trabalhador.

As categorias envolvidas no debate lutam para que o Ministério do Trabalho não edite uma norma que estabelece um Limite de Exposição Ocupacional ao Benzeno (LEO).

Os especialistas advertiram que, por ser um produto comprovadamente cancerígeno para os humanos, não há um limite seguro para a exposição ocupacional ao benzeno.

Danilo Costa afirmou que o LEO não garante a saúde dos trabalhadores, mesmo quando a concentração de benzeno no ar está abaixo dos limites recomendados.

Os sindicatos reivindicaram a reinstalação da Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), que foi extinta no governo Bolsonaro.

A vice-presidente do SINPOSPETRO-RJ participou ativamente da comissão e contribuiu para a elaboração dos anexos II a Nr 9 e IV da Nr 20, que tratam especificamente da exposição ocupacional ao benzeno em postos de combustíveis.

Aparecida Evaristo foi indicada mais uma vez para participar da comissão.

Campanha SINPOSPETRO-RJ

Desde o início do mês, os diretores e as equipes de base do SINPOSPETRO-RJ distribuem nos postos da região metropolitana do Rio de Janeiro uma cartilha com orientações sobre a forma segura de abastecer, para reduzir os riscos de acidentes, danos à saúde e contaminação do meio ambiente.

A cartilha também contém informações sobre os sintomas de contaminação pelo benzeno e os cuidados que o trabalhador deve ter desde a chegada do caminhão tanque ao posto até o abastecimento dos veículos.

O material também alerta para o perigo de abastecer o veículo após a trava de segurança do tanque de combustível ser acionada.

Leia também: Sindicalistas propõem auditoria da dívida pública, em Santos, contra reformas

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