A música descreve circunstancias que empurram o jovem para a criminalidade e para o tráfico. Circunstancias muito comuns em um contexto de precarização do mundo do trabalho, como Brasil do início do século 21.
O crime cresceu nos morros, na mesma medida que o Estado deixou de apresentar perspectivas para a população. Foi a semente do caos que se impôs na vida de tantos jovens e de tantas famílias.
Mão de obra ilegal
(Composição: Mauro Santa Cecilia / Roberto Frejat / George Alberto Heilborn Israel/2001)
Intérprete: Frejat
Eu moro no morro
Eu moro na rua
Só levo esporro
Mas eu não tenho culpa
O meu irmão morreu
Meu primo se perdeu
A minha mãe pariu
E o meu pai sumiu
Meu nome é Pimpolho
Só conheço o caos
É olho por olho
Aqui vencem os maus
O meu irmão morreu
Meu primo se perdeu
A minha mãe pariu
E o meu pai sumiu
Eu queria um tênis bacana
Sou mão de obra ilegal
São 3 salários por semana
E tem foto no jornal
Eu vi uma mina maneira
Andando com um soldado
Parecia estrangeira
E eu agora ando armado
Eu moro no morro
Eu moro na rua
Só levo esporro
Mas eu não tenho culpa
O meu irmão morreu
Meu primo se perdeu
A minha mãe pariu
E o meu pai sumiu
Meu nome é Pimpolho
Só conheço o caos
É olho por olho
Aqui vencem os maus
O meu irmão morreu
Meu primo se fodeu
A minha mãe pariu
E o meu pai sumiu
RUY BRIENZA DE ALMEIDA
INFELIZMENTE OS AUTORES NÃO INVENTARAM NADA. SÓ RELATARAM ESSE PROCESSO UFANISTA QUE COMEÇOU EM 1964 E, PRA PIORAR, DEIXOU SEMENTES ESPARRAMADAS PELO CAMINHO…ONDE O ESTADO NÃO CHEGA COM SANEAMENTO BÁSICO E ESCOLA PÚBLICA E GRATUITA PARA TODOS A SAÚDE FRACASSA E A SEGURANÇA NOS TIRA A ESPERANÇA…SALVE SIMPATIA E VAMOS DE CABEÇA ERGUIDA ! PARABÉNS POR ESTE HINO À CIDADANIA….