As centrais Força Sindical e CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros presididas, respectivamente, por Miguel Torres e Antônio Neto, divulgaram nota repercutindo o anúncio do novo valor do salário mínimo e da nova faixa de isenção do Imposto de Renda, que passará de R$ 1.903,98 para R$ 2.640.
Torres reafirma o apoio da Força Sindical à aprovação urgente da retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo. O sindicalista lembra que a proposta aprovada pelas Centrais Sindicais era de que o valor do salário mínimo em 2023 seja de R$ 1.343,00. “Valorizar o piso nacional é uma ótima oportunidade de o governo federal demonstrar sensibilidade social e contribuir para distribuir renda e diminuir as desigualdades no País.”
Na nota, o dirigente sindical avalia que a Política de Valorização do Salário Mínimo que vigorou entre 2007 a 2019, instituída a partir de negociação entre o movimento sindical brasileiro e o governo federal, tem um enorme alcance como política pública, atingindo milhões de pessoas entre assalariados e de outros beneficiários de políticas sociais.
Presidente da CTB diz que mínimo de R$ 1.320 ‘fere expectativas do movimento sindical’
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, criticou o novo valor do salário mínimo anunciado pelo presidente Lula, de R$ 1.320 a partir de maio, abaixo do requerido pelas centrais sindicais, que defendiam o valor de R$ 1.343.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, criticou o novo valor do salário mínimo anunciado pelo presidente Lula, de R$ 1.320 a partir de maio, abaixo do requerido pela CTB e as demais entidades sindicais, que defendiam o valor de R$ 1.343. LEIA MAIS.
Clique aqui e leia a íntegra da nota da Força Sindical.
CSB diz que governo deve ir além
Em relação a correção da tabela do Imposto de Renda, Torres defende que a defasagem que chega 148%, deve ter uma correção justa e progressiva.
Antônio Neto, presidente da CSB considerou, em nota, positivo o anúncio do presidente Lula em que confirma o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320 e a atualização de 38% da tabela de imposto de renda para pessoas físicas (IRPF).
De acordo com o sindicalista são importantes conquistas para a classe trabalhadora após anos de constantes ataques e de arrocho salarial provocada pelo congelamento da tabela que onera milhões de trabalhadores.
Neto reconhece a importância do anúncio, mas entende que é preciso ir além. “A CSB defende celeridade na construção de políticas permanentes de reajuste da tabela de imposto de renda, para recuperar os mais de 140% de defasagem, e de valorização do salário mínimo, assim como uma profunda revisão da Reforma Trabalhista de 2017.”
A entidade liderada por Antônio Neto defende a revogação imediata de itens como o fim da ultratividade, a prevalência de acordos individuais, o fim da homologação nos sindicatos, o comum acordo para suscitar dissídio coletivo e a asfixia financeira das entidades sindicais.
Clique aqui e leia a íntegra da nota da CSB
Confira íntegra da nota emitida pela CUT
CUT defende salário mínimo de R$ 1382,71
O governo Lula em tentativa de reparação do desmonte orquestrado pelos governos Temer e Bolsonaro, divulgou aumento do salário mínimo para R$ 1.320,00, a vigorar a partir de maio.
O salário mínimo valorizado é o maior instrumento para se diminuir a desigualdade social, apontar para o crescimento do país e remunerar corretamente a força de trabalho.
A Central Única dos Trabalhadores, que conhece os direitos e representa a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, sabe que esse aumento não é o esperado nem suficiente.
A CUT estuda a fundo, de forma técnica, todos as variáveis que influenciam e afetam a vida do trabalhador. Os cálculos do DIEESE mostram que, se o Programa de Valorização do Salário Mínimo não tivesse sido interrompido, hoje valor deveria ser de R$ 1.382,71. O que significa uma valorização de 6,2%.
A retomada do crescimento econômico só se dará com uma política consistente de valorização salarial. É a força dos trabalhadores que movimenta a economia brasileira.
Não iremos nos contentar com a proposta atual.
É importante deixar claro que a CUT não foi consultada nem ouvida a respeito do novo valor do salário mínimo.
A CUT não deixará de defender o trabalhador e seus direitos.
Reafirmamos que R$ 1.382,71 é o valor mínimo que a Central Única dos Trabalhadores defende e pelo qual trabalha.
A CUT segue na luta.
Sérgio Nobre
Presidente nacional da CUT
Brasil, 16 de fevereiro de 2023