
Miguel: “A crise é dolorosa para os trabalhadores, que, além de sofrerem com o flagelo do desemprego, amargam alta taxa de juros e a redução nefasta dos seus diretos e de sua proteção social” – Foto: Jaélcio Santana
A Força Sindical considerou, em nota divulgada no início da noite, um grave erro a decisão dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a taxa de juros em 1,50 ponto percentual. Com isso, a Selic chega a 7,75% ao ano, no maior nível desde setembro de 2017.
Foi a sexta alta seguida dos juros, que no início do ano estavam em 2%. Desde então, a inflação oficial não parou de subir, atingindo recentemente os dois dígitos. Apenas nas três últimas reuniões, o Copom aumentou a Selic em 3,5 pontos.
De acordo com a nota, assinada pelo presidente da Central, Miguel Torres, É muito importante ressaltar que o aumento da taxa de juros tem se mostrado, ao longo do tempo, um instrumento muito perverso e pouco eficaz no combate à inflação.
Na nota, a entidade defende que a resposta para a crise é o governo retomar a política de redução da taxa de juros e um projeto de desenvolvimento sustentável com geração de empregos, redução da desigualdade social, combate à pobreza e distribuição de renda.
Confira a seguir a íntegra da nota:
Nota sobre aumento da Taxa básica de juros
A Força Sindical considera um grave erro a decisão dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a taxa de juros. Com esta decisão equivocada, o Banco Central prejudica ainda mais, a já fragilizada economia do nosso país e só beneficia banqueiros e especuladores.
É muito importante ressaltar que o aumento da taxa de juros tem se mostrado, ao longo do tempo, um instrumento muito perverso e pouco eficaz no combate à inflação, encarece o crédito para consumo e para investimentos, causa mais desemprego, queda de renda, piora o cenário da economia. E mais, concentra cada vez mais renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros.
A crise é dolorosa para os trabalhadores, que, além de sofrerem com o flagelo do desemprego, amargam alta taxa de juros e a redução nefasta dos seus diretos e de sua proteção social.
Defendemos que a resposta para a crise é o governo retomar a política de redução da taxa de juros e um projeto de desenvolvimento sustentável com geração de empregos, redução da desigualdade social, combate à pobreza e distribuição de renda.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical