Na primeira reunião do ano de 2023, a direção nacional da Força Sindical fez o início do debate para propostas de nova forma de financiamento sindical, fortalecimento das negociações coletivas e da valorização do salário mínimo.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, ressaltou que o movimento sindical tem propostas, decididas e aprovadas na Conclat (Conferência da Classe Trabalhadora), visando o crescimento econômico e sustentável. O líder sindical ,destacou, que o País foi praticamente destroçado nos últimos anos e, que, estamos passando por um processo de reconstrução nacional. “Precisamos resgatar o política de valorização do salário mínimo, que leva em consideração a inflação anual somada ao PIB de 2 anos anteriores”, lembrou.
Miguel Torres lembrou que o governo irá constituir uma comissão de representantes das centrais sindicais, governo e empresários para avaliar e debater a propostas. “Aumentar o salário mínimo é uma forma digna de distribuir renda”.
O assessor do Fórum das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do Dieese, Clemente Ganzs, fez uma palestra sobre a proposta de nova forma de financiamento sindical que ele denominou como “atualização do sistema sindical”.
Para ele, o debate deve partir da ideia de modernização do sistema sindical e avançar na construção de uma proposta de consenso, com eixo no fortalecimento das negociações coletivas. “Estamos formulando um conjunto de diretrizes, com esforço da unidade das entidades, para identificarmos os caminhos para fortalecer o movimento sindical. “O movimento sindical precisa restabelecer seu protagonismo político”, alertou. “É importante termos o princípio de liberdade de ação e filiação sindical”.
Um dos pontos destacados durante a reunião foi de manter a unicidade sindical. Clemente também disse que os sindicalistas estão analisando a criação de uma comissão de autoregulação das entidades sindicais dos trabalhadores, como forma de consolidar a autonomia sindical e fortalecer as entidades representativas. Também deve haver um conselho da parte patronal. “A intenção é fechar um texto até março para formar as diretrizes de um Projeto de Lei de urgência”.
Ele ressaltou a importância da regulamentação da negociação coletiva no setor público.
Miguel recomendou que cada setor econômico promova debates e, depois, apresente as ideias para reorganização das propostas. “Vamos valorizar o coletivo”.
Fonte: Força Sindical