Flávio Dino em debate com as centrais sindicais, no Sindicato dos Metalúrgicos de SP, março de 2020.
Uma matéria do jornal O Globo, desta segunda-feira (20), afirma que “uma série de conversas envolvendo líderes da esquerda brasileira está em curso, com o objetivo de colocar de pé um novo partido depois das eleições municipais de novembro”. O projeto, idealizado pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi batizado de “MDB da esquerda”, uma vez que, acredita-se, poderá aglutinar vários nomes insatisfeitos com os rumos das suas próprias legendas, como é o caso do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
“Faz tempo que Freixo e PSOL não se bicam no Rio. O ápice deu-se este ano, quando o partido queria obrigá-lo a participar de prévias na disputa pela Prefeitura do Rio, mesmo sendo ele a principal força eleitoral da esquerda carioca. Freixo também cansou há tempos do radicalismo da legenda no estado e se irrita com o fogo amigo interno por ter bom relacionamento com outras forças políticas — o deputado sempre teve diálogo aberto com figuras como o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Jorge Picciani (ex-integrante do MDB) e o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)”, revela a matéria.
Dino avalia que, se a esquerda tiver um desempenho ruim nas eleições municipais de novembro, isso poderá catalisar a criação de um novo partido e, talvez, ensaie uma união maior do campo.
Mas há também grandes os obstáculos para a realização desta nova esquerda, como PT e PDT não abrirem mão da cabeça de chapa em 2022, e a conhecida rivalidade entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes.
