Após diversas rodadas de negociação, os representantes de Federação Estadual dos Metalúrgicos, FEM-CUT, chegaram a um acordo com a bancada patronal da Estamparia. A Convenção Coletiva de Trabalho, CCT, será assinada hoje, às 10h na Fiesp, em São Paulo.
O reajuste garantido é de 5,19% em duas vezes, sendo 3,64% retroativo a setembro e 1,5% em março sobre o salário de fevereiro. O acordo contempla 1.080 metalúrgicos e metalúrgicas no ABC.
“Foi muito trabalhoso, iniciamos as negociações ainda no primeiro semestre, o patronal insistia em ajustar o salário apenas pelo INPC, 3,64%, sem aumento real, mas nosso compromisso desde o início da Campanha sempre foi a conquista do aumento real e conseguimos”, declarou o presidente da Federação, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
Entre outras garantias, a CCT assinada assegura que as empresas discutam previamente com os sindicatos sobre a contratação de trabalhadores em jornada intermitente e que gestantes ou lactantes não trabalharão em local comprovadamente insalubre. A convenção tem validade por um ano.
G10
O grupo 10, historicamente o mais difícil de negociar, ainda não chegou ao reajuste de 5%, índice aprovado pelos companheiros em assembleia realizada na Regional Diadema, no dia 17 de outubro. No ABC são 9.276 trabalhadores neste grupo.
O G10 é composto por empresas não organizadas em sindicatos patronais. A bancada é liderada pelo Departamento de Relações Sindicais da Fiesp, o DESIN, o último acordo com o grupo foi fechado em 2015.