A federação PsolL/Rede aprovou nesta quinta-feira (9), em sua primeira assembleia, a oficialização do apoio à candidatura de Lula (PT) à Presidência da República. Na primeira rodada de comando, a federação terá Guilherme Boulos (Psol) na presidência e Heloísa Helena (Rede), na vice.
Após o encontro, Boulos disse que a aliança em torno de Lula é o caminho para “derrotar Bolsonaro e virar a página desse pesadelo, de preferência já no primeiro turno, para que a gente consiga apontar um novo caminho para o país”.
A assembleia da federação também vetou alianças com partidos da extrema-direita e com legendas que integram o Centrão e a base parlamentar bolsonarista. Psol e Rede projetam, segundo Boulos, “eleger uma bancada não só numericamente expressiva, para ocupar esse espaço de poder no Congresso Nacional, mas uma bancada com diversidade, que aproxime a cara do Congresso da cara do Brasil”. Boulos é coordenador do MTST e pré-candidato a deputado federal por São Paulo.
A federação também divulgou nota em que destaca que o “Brasil vive um momento de grave crise social, econômica e ambiental. Uma crise que é produto da agenda de ataques aos direitos e às políticas públicas implementadas nos últimos anos. Para enfrentar esse cenário, Psol e Rede Sustentabilidade têm apostado no diálogo e na unidade entre os partidos de oposição. Essa unidade, nos últimos meses, tomou a forma de uma frente eleitoral em torno do ex-presidente Lula.”
Unidade
Além de Boulos e Helena, participaram da assembleia, no Congresso, o presidente do Psol, Juliano Medeiros, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR) e outros.
Randolfe avaliou que a unidade entre Psol e Rede simboliza “a resistência organizada por esses dois agrupamentos políticos, pautados por dois princípios tão necessários para a construção do Brasil no século 21: a construção da justiça social com a sustentabilidade”.
Helena, por sua vez, ressaltou a importância de eleger em outubro “uma potente bancada, que faça um grande debate nacional e que possa realmente viabilizar todas as alternativas que são fundamentais neste País, onde as pessoas são humilhadas, massacradas, torturadas, assassinadas pela cor da pele, pela forma de amar, pelo gênero”.
Compõem oficialmente a coligação Vamos Juntos pelo Brasil, com Lula presidente e Geraldo Alckmin (PSB) vice, os partidos PT, PSB, PCdoB, PV, PSOL e Rede.
Sobre as coligações estaduais, Psol e Rede afirmaram que serão proibidas “alianças eleitorais nos estados com partidos da base de apoio a Bolsonaro, tais como PL, PP, PR, PTB, PSD e outros”. A resolução também veta alianças “com os velhos partidos da direita neoliberal, como MDB, PSBD, União Brasil, Podemos, Avante e Novo”.
Com CartaCapital e Brasil247
Fonte: Rede Brasil Atual