Representantes do governo, lideranças sindicais, especialistas brasileiros e estrangeiros se reuniram, nesta segunda-feira (26), no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para debater o desenvolvimento e o mundo do trabalho.
O fórum, promovido pelo BNDES, em conjunto com o Ministério do Trabalho e as Centrais Sindicais, prospectou soluções e iniciativas para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
O presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas, Eusébio Pinto Neto, representou os trabalhadores de postos de combustíveis e de lojas de conveniência no seminário.
De acordo com ele, as mudanças no mundo do trabalho exigem do movimento sindical uma atualização dos conceitos e do conhecimento para enfrentar os desafios, que surgem com o avanço tecnológico.
Ele disse que o seminário trouxe novos valores, sobretudo no que diz respeito ao avanço tecnológico. Os trabalhadores devem estar atentos às transformações que envolvem a inovação digital, inclusive do ponto de vista evolutivo.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que as mudanças digitais têm um impacto direto no mercado de trabalho, devido à grande quantidade de informações geradas e à redução de postos de trabalho.
É necessário que o Brasil reflita sobre a relação entre estado e mercado para enfrentar os desafios e retomar o desenvolvimento industrial.
O Brasil não pode se limitar à produção de commodities, um setor que paga menos impostos e gera menos empregos.
Luiz Marinho, Ministro do Trabalho, disse que é preciso compreender a dinâmica das inovações tecnológicas para saber se a inteligência artificial está a serviço da humanidade, da sociedade ou de algumas empresas que se aproveitam do desenvolvimento para enriquecer ainda mais e aprofundar o fosso social.
Marinho reiterou a necessidade de se valorizar o mundo do trabalho, promovendo o trabalho digno e o emprego descente.
Palestrantes e participantes discutiram o atual projeto de desenvolvimento econômico e socioambiental brasileiro com foco na geração de empregos de qualidade, no crescimento da renda do trabalho e na proteção trabalhista e previdenciária.
Leia também: Motta no Encontro Nacional dos Comerciários da UGT