Nesta segunda-feira (22), a Suprema Corte dos Estados Unidos determinou que o ex-presidente, Donald Trump, envie seus registros financeiros de suas últimas declarações de imposto de renda para a promotoria de Nova York , responsável pelas investigações das transações do político. As informações foram apuradas pelo G1.
Em julho de 2020, a corte já havia declarada que o Trump não fugiria das investigações por ser presidente. E tal decisão seria uma resposta a ação movida pelos advogados do ex-presidente em 07 de novembro, para manter dados em sigilo. De acordo com o gabinete do procurador de Manhattan, Cyrus Vance, uma investigação sobre o grupo Trump Organization sobre falsificação de documentos está correndo. E que durante a campanha presidencial de 2016, Trump poderia ter pago subornos com verba eleitoral.
Michael Cohen, ex-advogado do republicano, em 2018, foi preso após reconhecer que pagou duas mulheres que alegavam ter mantido relações sexuais com o político fora de seu casamento. Antes de sua apreensão, Cohen havia revelado que Trump, junto de seus familiares, cometeram fraudes bancárias e fiscais com o passar dos anos.
De acordo com seus relatos, o ex-presidente teria “inflado seus ativos” para estar presente na lista de homens mais ricos da revista ‘Forbes’, porém ele mentiu e maquiou números para não precisar pagar por impostos imobiliários. Em seus quatro anos na Casa Branca, o republicano se recusou a abrir suas declarações de imposto de renda, atitude que era cumprida por todos os seus antecessores nos últimos anos.
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, declarou que está investigando as argumentações apresentadas para que possa definir se houve ou não a prática de fraude. Em outubro de 2020, o filho do político, Eric Trump chegou a ser ouvido nas Justiça para esclarecer tais alegações. Como essas investigações podem causar consequências econômicas, se encontradas evidências, a apuração pode resultar da descoberta de outros crimes, e com isso, um inquérito criminal não é descartado.
Se o escritório da promotoria encontrar indicações de fraude nos documentos apresentados pela Trump Organization, as leis da cidade de Nova York calculam em até um ano e meio de prisão. Falsificação de documentos é considerado como crime pequeno no estado.
Entretanto, se provado que ocorreu uma alteração nos documentos para esconder outros crimes como por exemplo, a fraude fiscal, o tempo da punição aumenta e o caso é classificado como “felony”, siginifica um crime grave na Justiça brasileira.
Fonte: iG Último Segundo