Lideranças de entregas por aplicativos estiveram reunidas com o dirigente da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, na última segunda-feira (20), para avançar na elaboração de propostas em direção à regulamentação do trabalho no setor.
Durante a iniciativa buscou-se a produção de uma análise social que compreendesse o universo do mundo do trabalho atual. Para, diante disso, promover a elaboração de propostas sobre a regulamentação do trabalho que será apresentada ao governo Lula.
Um documento divulgado pela Anael (Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos), em fevereiro de 2023, é base para a ampliação do debate na categoria. É a Carta da Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos sobre Regulação das Plataformas Digitais.
CSP-Conlutas com os trabalhadores em plataformas digitais
Na primeira reunião das Centrais Sindicais realizada com ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em fevereiro, em Brasília, a CSP-Conlutas cedeu a vaga a que tinha direito a um dos líderes da categoria Paulo Galo para que ele pudesse apresentar quais as insatisfações e demanda do setor.
Na reunião com as lideranças da categoria que ocorreu na segunda-feira, a CSP-Conlutas reafirmou o compromisso da com os trabalhadores, evidenciando a voz das lideranças da Aliança, inclusive com um convite direto para que Galo integre a mesa com o governo pela cota da Central.
A CSP-Conlutas se comprometeu em dialogar com as demais Centrais para buscar o debate sobre a carta dos entregadores e se dispôs a auxiliar as lideranças da Aliança para as mobilizações durante ou depois da regulamentação.
Trabalho precarizado
As transformações nos últimos anos, particularmente as medidas implementadas pela reforma trabalhista de 2017, têm permitido maior ataque dos governos e patrões para reduzir direitos e precarizar o trabalho.
O uso cada vez maior de plataformas digitais é expressão de uma mudança continua na divisão mundial do trabalho e alcança diferentes atividades e ocupações.
O aumento da exploração nas novas relações de trabalho impacta decisivamente nas condições de vida e saúde da classe trabalhadora.
Diante deste contexto, as lideranças dos entregadores aprovaram uma carta em que mostram a realidade em que vivem no mundo do trabalho.
Além de apresentar as propostas defendidas para a regulamentação do trabalho na categoria. Entre elas, a formalização da relação de trabalho, acesso à Previdência Social, definição da jornada e descanso semanal, seguro de acidente de trabalho, auxílio-doença e garantia contra desligamento abusivo entre outros.
Fonte: CSP-Conlutas