Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirma a piora significativa nas condições de trabalho, no aumento da jornada e queda na remuneração. O levantamento on-line mostra que 68,9% dos entregadores tiveram queda de ganhos durante a pandemia.
Os que ganhavam em torno de um salário mínimo (R$ 1.045,00) antes eram 17%. Agora, essa proporção dobrou (34%). Ou seja, 1/3 desses trabalhadores ganham até um salário mínimo por mês.
Segundo o presidente do SindimotoSP, Gerson Silva Cunha, os entregadores enfrentam uma precarização muito grande, agravada pela pandemia. “Já denunciamos ao Ministério Público. Esses trabalhadores lutam por direitos básicos como alimentação”, ele conta.
Pauta – Os entregadores reivindicam transparência sobre as formas de pagamento, aumento dos valores mínimos para cada entrega, fim dos sistemas de pontuação, bloqueios e exclusões indevidas. A categoria também exige seguro de vida, de acidentes e um vale para a compra de máscaras, luvas, álcool em gel e outros equipamentos de proteção.
Fome – “A gente vai atrás dos direitos um por um. Vale-alimentação, plano de saúde, férias, 13º”, afirma o líder do movimento, Paulo Roberto da Silva Lima, o Galo. Ele completa: “A alimentação é a coisa que mais dói. Ter que trabalhar com fome, carregando comida nas costas”.
Na terça (30), às 16 horas, a live da Agência Sindical recebe o presidente do Sindimotosp, Gerson Silva. Ele vai falar sobre a mobilização, chamada de “Breque nos apps”, e as condições de trabalho dos entregadores. A transmissão é feita pela página da Agência Sindical no Facebook. Não perca!
Mais – Acesse o site do Sindimotosp
Fonte: Agência Sindical