
Professores acorrentados em frente ao prédio da Seretaria de Estado da Educação, na praça da República, centro de São Paulo, durante paralisação promovida pela categoria, na qual lutaram por melhores condições de trabalho. Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
As violências sofridas eram físicas e verbais, sendo a segunda principalmente ameaças e constrangimentos no exercício das funções escolares. “As agressões que não são físicas são fatores importantes quando pensamos no cotidiano de convívio com alunos e pais que ameaçam e desrespeitam. O dia a dia fica muito angustiante e cansativo, levando ao desenvolvimento de defesas e afastamento emocional, característicos do esgotamento”, comenta.
Além da violência, foram identificadas outras 12 variáveis que estavam relacionadas ao esgotamento profissional. As que mais se destacaram foram: ruído em sala de aula, o incômodo com alunos e o sentimento de que não participam de decisões importantes tomadas na instituição em que trabalham. O problema de ruídos em sala de aula e o incômodo com alunos atingiram, respectivamente, cerca de 87% e 70% dos profissionais que apresentaram esgotamento.
As outras variáveis encontradas foram: incômodo com pais, falta de realização profissional, falta de apoio de colegas, ruídos na escola, excesso de burocracia, acústica não aceitável, sobrecarga, elevado número de alunos e falta de apoio da coordenação.
A pesquisa foi desenvolvida com orientação da professora Maria Regina Alves Cardoso, da FSP. Os dados foram publicados no artigo Violência contra professores da rede pública e esgotamento profissional.
“As agressões que não são físicas são fatores importantes quando pensamos no cotidiano de convívio com alunos e pais que ameaçam e desrespeitam. O dia a dia fica muito angustiante e cansativo, levando ao desenvolvimento de defesas e afastamento emocional, característicos do esgotamento”, comenta.