Trabalhadoras e trabalhadores do Ramo Químico organizad@s em diversas entidades sindicais apresentaram, nesta sexta-feira (05/08), Pauta Conjunta para o futuro da Indústria Química no Brasil. Considerando a reindustrialização como processo central para o desenvolvimento social amplo, as propostas apontam para um novo ciclo, contemplando a geração de empregos de qualidade e políticas que reduzam as desigualdades no mercado de trabalho. Clique para baixar
“Este é mais um resultado da unidade construída, fundamental para nos fortalecer neste momento decisivo para o futuro do país, da classe trabalhadora e do movimento sindical. E que vai ser ainda mais importante no pós-eleição, quando teremos que estar preparados para o debate e as disputas naturais dentro de um governo de coalizão. A indústria química terá papel crucial para um projeto de reconstrução não só do setor, mas do Estado Brasileiro”, aponta Geralcino Teixeira, presidente da CNQ.
Além da CNQ-CUT, FETQUIM, a Intersindical, a FEQUIMFAR, a Força Química e a Força Sindical assinam o documento, sistematizado pelo técnico do DIESSE Douglas Ferreira, que aponta a necessidade do empreendimento estatal direto para fomentar a retomada da indústria, a partir de ações integradas à política macroeconômica.
Em 2020, o montante de investimentos na indústria química chegou ao menor patamar desde 1995, com apenas US$ 300 milhões. O auge do investimento no setor, por outro lado, foi registrado em 2012, quando o país investiu US$ 4,8 bilhões de dólares.
Não por acaso, no final de 2021, 47% do consumo aparente da indústria química foi suprido por importações. O expressivo déficit na balança comercial atesta o potencial para que mais produtos possam ser fabricados no Brasil – empregando mão de obra brasileira em postos de trabalho qualificados, de melhor remuneração e com proteção social.
A Pauta Unificada foi concebida justamente com o propósito de frear o projeto de desmonte e, sobretudo, iniciar um novo processo, a partir de novos paradigmas, abrangendo as necessidades da classe trabalhadora e a mudança no perfil das indústrias visando menores impactos socioambientais.
As propostas estão dividias em seis eixos:
- Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS);
- Saneamento básico;
- Habitação popular;
- Segurança alimentar e produtiva do Agronegócio;
- Reciclagem e incentivos à inovação;
- Mobilidade sustentável, veículos elétricos e híbridos.
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Fonte: Confederação Nacional do Ramo Químico