PUBLICADO EM 04 de nov de 2020
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Engenheiros defendem derrubada de vetos à lei do saneamento

Para Murilo Pinheiro, presidente da Federação e do Seesp, a derrubada dos vetos tornou-se uma questão de defesa de interesse nacional

Os vetos do presidente Jair Bolsonaro aos artigos da nova lei do Saneamento Básico devem ser votados em sessão do Congresso Nacional, nesta quarta, dia 4 de novembro.

Após sucessivos adiamentos e indignação de sindicalistas e parlamentares, com o descumprimento de acordos por parte do governo federal, a expectativa pela derrubada dos vetos é grande.

A Lei 14.026, que estabelece um novo marco regulatório para o saneamento básico, abriu caminho à privatização do setor no país. E apesar de todas as críticas, a lei acabou sendo aprovada. O fato levou inclusive a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), a entrar como Amicus Curiae em Ação de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Federal.

Acordos – No processo de negociação entre governo e Congresso, alguns acordos haviam sido feitos como condição para que os parlamentares aprovassem o texto. Porém, o governo ignorou o compromisso assumido e, no dia 15 de julho, vetou vários dos artigos negociados.

Um dos casos mais preocupantes é o veto ao artigo 16, que deveria garantir os chamados contratos de programa em vigor entre municípios e estatais pudessem ser renovados por até 30 anos. A empresa pública precisaria comprovar sua capacidade econômico-financeira de universalizar os serviços até 31 de dezembro de 2033.

Sem o artigo 16, a entrega do saneamento ao setor privado será ampliada, inclusive em áreas onde os serviços são prestados adequadamente. A iniciativa coloca em risco as empresas públicas responsáveis pela própria organização do saneamento no País.

Engenheiros – Para Murilo Pinheiro, presidente da Federação e do Seesp, a derrubada dos vetos tornou-se uma questão de defesa de interesse nacional. “Em lugar da propalada universalização, há o risco de que o setor seja tratado como oportunidade de negócios, independentemente das reais necessidades da população”, ele afirma.

Fonte: Agência Sindical

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