PUBLICADO EM 25 de ago de 2022
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Empresas mudam o CNPJ para não pagar abono salarial

Comerciários tem direito a abano salarial; empresas mudam CNPJ para não pagar

Comerciários tem direito a abano salarial; empresas mudam CNPJ para não pagar

O Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro tem acumulado reclamações e denúncias de trabalhadores de supermercados e hortifrutis. Eles não estão recebendo o abono de R$ 800, firmado no recente acordo de reajuste salarial. Alguns estabelecimentos, apesar de serem do setor, estão trocando o CPNJ para área administrativa, burlando a legislação. O Sindicato está fazendo o levantamento dessas empresas para acionar a Justiça e cobrar o pagamento.

– Algumas empresas estão mudando seus CNPJs para área administrativa para não pagar um direito do trabalhador. Já temos mais de 20 denúncias de estabelecimentos diferentes. Para o setor, é um número significativo e preocupante. Estamos reunindo essas denúncias e vamos levar à Justiça para fazer valer o reajuste salarial que conquistamos com muito suor nesta última negociação – afirma Márcio Ayer, presidente do Sindicato.

O Sindicato disponibilizou diversos canais para o envio das reclamações. Pelo whatsapp (21) 96424-3770, pelo aplicativo Comerciários RJ, por e-mail: denuncia@secrj.org.br ou pelo site www.secrj.org.br. As denúncias recebidas estão sendo apuradas pela equipe jurídica do Sindicato dos Comerciários.

Reajuste

Em junho, foi aprovado o acordo que garantiu reajuste de 12,5% mais o abono de R$ 800 para trabalhadores de supermercados e hortifrutis. O aumento vale a partir de 1º de outubro, mas o abono deveria ser pago nas folhas de julho, agosto e setembro. A manutenção de todos os demais direitos da convenção também foi garantida, além do aumento em outros benefícios, como 17,7% no ticket pago aos feriados e 12,5% na quebra de caixa.

O reajuste conquistado recupera as perdas da inflação, um importante êxito, principalmente considerando que quatro em cada dez reajustes salariais ficaram abaixo da inflação este ano no país, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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