PUBLICADO EM 07 de fev de 2018
COMPARTILHAR COM:

Em reunião com Rodrigo Maia, centrais defendem o adiamento da votação da reforma da Previdência

A cobrança foi feita hoje (7), em reunião do presidente da Câmara Rodrigo Maia, com representantes das centrais sindicais Força Sindical, CSB, CUT, UGT, Nova Central, em Brasília. 

O deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, que estava na reunião, declarou que os sindicalistas pediram “Sensibilidade ao presidente da Câmara”, alertando para o fato de que o governo não tem voto suficiente para aprovar a proposta. “Se colocar para votar terá uma derrota acachapante e será pior para o governo”, disse Paulinho da Força ao RPB. Ao jornal O GLOBO Paulinho ainda acrescentou que “um presidente da Câmara tem que ter a coragem de retirar a reforma da pauta”.

Segundo o presidente da CSB, Antonio Neto, que também participou das conversas, as centrais afirmaram a Maia que a sociedade não quer a reforma, que o governo não tem votos, que os parlamentares já estão conscientes de que não “devem fazer essa mexida” e que o assunto deve ser discutido durante as eleições. “O presidente Rodrigo Maia nos disse não tem os votos e que vai tentar consegui-los. E que, se não conseguir o número de votos [necessários para aprovar a reforma], vai retirar a proposta da pauta”, explicou Neto para o jornal Valor Econômico.

Já a vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmen Helena Ferreira Foro, foi enfática: “Não há possibilidade nenhuma de esse assunto, que a maioria da sociedade ainda não compreendeu direito e quem compreendeu sabe que será prejudicial se for votado. É preciso retirar da pauta e fazer um amplo debate com a sociedade”.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, ponderou ao RPB que “a sociedade é contra as mudanças propostas pelo governo” e que “neste ano eleitoral, os candidatos poderão expor os modelos de Previdência que defendem para que todos possam conhecê-los e optar pelo que considerarem o mais apropriado”.

Segundo Juruna , o presidente da Câmara informou que vai verificar entre os dias 19 e 23 deste mês se a proposta do governo terá chances de ser aprovada.

Participaram da reunião, representando os trabalhadores: Paulo Pereira da Silva – Presidente da Força Sindical e Deputado Federal, João Carlos Gonçalves (Juruna) Secretario Geral da Força Sindical, Eunice Cabral – Vice-Presidente da Força Sindical,
Sergio Aparecido Nobre, secretário geral – CUT, Carmen Helena Ferreira Foro, vice presidente – CUT, José Calixto Ramos – Presidente da NCST, João Domingos Gomes dos Santos – Diretor Financeiro da NCST, Lourenço Ferreira do Prado – Secretario de Relações Internacionais da UGT, Miguel Salaberry Filho – Secretario de Relações Institucionais da UGT, Antonio Neto – Presidente da CSB, José Avelino Pereira – Vice-Presidente da CSB, Ernesto Pereira – Assessor Parlamentar da CSB

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS