PUBLICADO EM 13 de jul de 2018
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Em reunião com Embraer, sindicatos exigem estabilidade no emprego

A reunião aconteceu a pedido dos próprios Sindicatos, em razão da possibilidade de venda da Embraer para a Boeing e das demissões que já estão acontecendo nas fabricas. Mesmo sem acesso a informações oficiais, o Sindicato estima que cerca de 300 trabalhadores já foram demitidos este ano somente em São José dos Campos.

Fotos da fabrica da Embraer na cidade de Sao Jose dos Campos. Na foto linha de montagem dos jatos executivos. Foto: Jonne Roriz

Dirigentes dos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Araraquara e Botucatu reuniram-se nesta sexta-feira (13) com o presidente da Embraer, Paulo Cesar Souza e Silva, e reivindicaram a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores da empresa. O executivo, entretanto, afirmou que não pode dar essa garantia. O encontro com o presidente da Embraer aconteceu no escritório da empresa em São Paulo na parte da manhã de hoje, dia 13.

A reunião aconteceu a pedido dos próprios Sindicatos, em razão da possibilidade de venda da Embraer para a Boeing e das demissões que já estão acontecendo nas fabricas. Mesmo sem acesso a informações oficiais, o Sindicato estima que cerca de 300 trabalhadores já foram demitidos este ano somente em São José dos Campos.

Paulo Cesar Souza e Silva tentou minimizar as demissões que vêm ocorrendo na fábrica, mas ao mesmo tempo descartou a concessão de estabilidade.

“O fato de o presidente da Embraer se recusar a garantir estabilidade no emprego para os trabalhadores é bastante preocupante. Vimos isso como um sinal claro de que os trabalhadores brasileiros estão de fato com seus empregos ameaçados”, afirma Herbert Claros, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

O presidente da Embraer também apresentou na reunião as informações que já haviam sido repassadas ao mercado. Os dirigentes sindicais questionaram os argumentos defendidos por Paulo Cesar, de que a joint venture é condição para sobrevivência da Embraer.

“É evidente que esse acordo vai beneficiar exclusivamente a Boeing. Por isso, continuaremos a pressionar o governo federal para que vete a entrega da Embraer”, conclui Herbert.

 

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