Para o PIB (Produto Interno Bruto ), a estimativa de crescimento para 2019 no Focus passou a 1,24%, de 1,45% na semana passada, na 12ª semana seguida de redução, com as contas para a indústria caindo 0,23 ponto percentual, a 1,47%.
Para 2020 o cenário para o PIB e para a produção industrial não mudaram, respectivamente de expansões de 2,5% e 3%.
Diante desse cenário, a pesquisa mostrou ainda que o mercado passou a ver a política monetária ainda mais frouxa no próximo ano.
Na semana passada, a morosidade da economia brasileira foi abordada duas vezes pelo BC. Na ata da reunião em que manteve a taxa básica de juros em 6,5%, a autoridade monetária citou o risco de que o PIB tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores.
Dias depois, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, expressou decepção em relação ao desempenho recente da economia, mas ressaltou que o banco não pode trocar inflação controlada por crescimento econômico.
Os números do PIB relativos ao início de 2019 serão divulgados pelo IBGE em 30 de maio. No quarto trimestre do ano passado, o PIB cresceu 0,1% sobre o terceiro e terminou 2018 com expansão de 1,1%, de acordo com dados do IBGE.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que para a taxa básica de juros Selic, os economistas ainda a veem no atual patamar de 6,5% ao final deste ano. Mas para 2020 a conta caiu a 7,25%, de 7,5%.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a Selic a 6,5% em 2019, mas calcula a taxa ainda mais baixa no próximo ano, a 7,0%, de 7,21% na mediana das projeções na semana passada.
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA passou a 4,07% em 2019 de 4,04% antes, permanecendo em 4% para o próximo ano. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Fonte: Folha SP