O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta quinta-feira o armamento da população brasileira após comentar, em sua tradicional live semanal, que o artefato pode proteger contra a “bandidagem” que está armada.
“Uma arma é sua defesa, será que você não se garante? Arma protege a sua vida, sua família”, disse. “Arma é segurança, é vida e arma não mata, quem mata é o elemento que está atrás dela”, reforçou.
O presidente destacou que não alterou o Estatuto do Desarmamento, mas editou decretos para, em suas palavras, dar “mais meios para que a pessoa possa ter arma”. Parte dos decretos que Bolsonaro editou flexibilizando o acesso a armas foi suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal.
O presidente também voltou a falar sobre o voto impresso e fez duras críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que tem ressalvas em relação à iniciativa.
“Vai ter sim, Barroso, vai ter sim. Vamos respeitar. Vamos respeitar o Parlamento brasileiro, que, caso contrário, teremos dúvida nas eleições e podemos ter um problema seriíssimo no Brasil. Pode um lado ou outro não aceitar, criar uma convulsão no Brasil”, disse Bolsonaro.
Por iniciativa de aliados do presidente, a Câmara dos Deputados começou a discutir uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adota o voto impresso para urnas eletrônicas.
Para Bolsonaro, Barroso tem feito “carga contra” a proposta e insinuou –sem mostrar qualquer tipo de evidência– que o interesse do magistrado seria beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente criticou Barroso, chamando-o de “péssimo exemplo” para todos por decisões que têm tomado no Supremo Tribunal Federal (STF), da qual é um dos ministros.
Também sem mostrar provas, o presidente disse que o ex-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves venceu a eleição presidencial de 2014. Bolsonaro já vinha afirmando, também sem apresentar provas que diz ter, que venceu a eleição de 2018 já no primeiro turno.
Bolsonaro tem feito a defesa da adoção do voto eletrônico com impressão de cédulas, apesar de nunca ter havido qualquer tipo de fraude comprovada nas urnas eletrônicas em mais de 20 anos de uso no país.
Fonte: Terra