PUBLICADO EM 18 de jan de 2023
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Em evento com as centrais, Lula cria grupo para formular política de valorização do salário mínimo

Líderes de centrais sindicais apresentaram demandas em encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, 18. Em seus discursos os sindicalistas falaram sobre o salário mínimo, reajuste do Imposto de Renda, reforma da estrutura de sindicatos e até mesmo “revogaço” da reforma trabalhista.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que os trabalhadores não querem a volta do chamado imposto sindical. Ele defendeu uma reforma da estrutura de sindicatos no Brasil, para combater a “pulverização” das entidades. “Destacamos a necessidade de se resolver definitivamente o financiamento da atividade sindical.

Os trabalhadores não estão pedindo de volta o imposto sindical. Queremos que o trabalhador tenha a negociação valorizada, queremos que trabalhadores decidam em assembleias o que pagam a sindicatos”, disse Torres, em fala durante encontro. Segundo o sindicalista, é preciso haver uma união das centrais para evitar a proliferação de entidades. “Propomos uma unidade das centrais sindicais, junto com todo o movimento sindical, porque precisamos fortalecer o movimento sindical”, defendeu.

Dentre as reivindicações feitas, o presidente da NCST, José Reginaldo Inácio, pediu a correção da tabela do Imposto de Renda e de uma “reforma tributária solidária”. Tal reforma, segundo ele, segundo ele, deve atingir especialmente “quem ganha mais e grandes fortunas”, paralelamente à desoneração “dos mais humildes” e micro empresas.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, enalteceu a importância da retomada do Ministério do Trabalho, sob gestão de Luiz Marinho. Em discurso de abertura, Nobre pediu para que o Trabalho tenha centralidade na estratégia de desenvolvimento do País. “Sabemos que os empregos de qualidade que a gente tanto sonha e precisa eles não vão ser consequência só da política econômica”, declarou, pedindo que o Trabalho atue em colaboração com outras Pastas.

Lula pediu calma aos sindicalistas, disse saber que os líderes sindicais têm “sede de democracia”, mas que não pode fazer tudo de uma única vez. “Vamos ter que construir juntos, se construirmos juntos, fica mais difícil de desmanchar”, afirmou.

Salário Mínimo

Na cerimônia o presidente assinou um despacho que cria um grupo de trabalho interministerial para formular, em até 90 dias, uma política de valorização do salário mínimo.

O GT envolverá pastas como a da Fazenda, Trabalho, Planejamento, Previdência, Secretaria-Geral, Casa Civil e Indústria e Comércio. O grupo terá 45 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, para apresentar a política. O governo discute qual será o novo valor do salário mínimo deste ano, que atualmente está em R$ 1.302, conforme orçamento de de 2023, que foi elaborado pelo governo Bolsonaro, mas será executado pela gestão de Lula.

Trabalhadores por App

O presidente Lula defendeu hoje, em encontro com as centrais sindicais, um sistema de seguridade social que inclua todos os trabalhadores, incluindo os motoristas de aplicativo. Um trabalhador de aplicativo percebe que não é microempreendedor quando ele se machuca e não tem nenhum sistema de seguridade social. Nós queremos construir, com todos, uma nova estrutura sindical, com direitos e numa economia diferente dos anos 1980. O mundo do trabalho mudou”, disse o presidente.

Golpismo

No evento, Lula também culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro por o que ele chamou de tentativa de golpe no dia 8 de janeiro. “Houve uma tentativa de golpe. Uma tentativa de golpe por gente preparada”, disse Lula.

E disse ainda: “Não sei se ele mandou, o que eu sei é que ele tem culpa porque passou quatro anos instigando o povo a ter ódio, mentindo para a sociedade brasileira e instigando que o povo tem que estar armado para manter a democracia”, disse, durante seu discurso”.

Com informações de UOL e Congresso em foco

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  • Alencar

    Quanto discurso furado, sabemos que só querem recursos para financiar os movimentos da CUT e MST, além da Corrupção que está entranhada nos governos petistas. Muito discurso e pouco resultado foi o que aconteceu ao longo de um passado recente. Com PT, Brasil o país do RETROCESSO!!!!!

QUENTINHAS