O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, participou ontem (14) de audiência pública na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados. O ministro afirmou que o foco da pasta é o combate ao desemprego principalmente entre os jovens e que a expectativa do governo é de criar 2,5 milhões de empregos até o final do ano.
Lorenzoni assumiu o Ministério do Trabalho em agosto, após o presidente recriar a pasta que até então era uma secretaria do Ministério da Economia.
Tanto deputados da base governista e oposição elogiaram a recriação do ministério. O presidente da Comissão de Trabalha da Câmara, deputado Afonso Motta (PDT-RS), apontou a preocupação com os 14 milhões de desempregados no país, principalmente agravada durante a pandemia.
Lorenzoni bolsonarista de carteirinha criticou o lockdown, vale lembrar que ninguém fez lockdown no país, que segundo ele, prejudicou a economia do país e ainda chamou de “catastrofismo” as projeções feitas sobre o aumento dos índices de desemprego em decorrência da pandemia.
A grande vitória dos trabalhadores neste ano foi a derrubada da Medida Provisória 1045/21, que criaria um novo programa emergencial de manutenção de emprego e renda, mas tinha vários trechos que tirariam mais direitos dos trabalhadores brasileiros. Para Onyx, quem mais paga a conta do desemprego é a população entre 18 e 29 anos, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Os jovens que começam a procurar emprego ao longo de crises econômicas têm a pior história laboral, têm a menor remuneração, têm o menor número de oportunidades ao longo da sua vida. Esses dados são de estudos internacionais comandados pela OIT”.
O deputado federal Vicentinho (PT-SP) questionou o ministro sobre ações da pasta para a redução da informalidade. “Qual a proposta do ministério para formalizar as pessoas que tentam sobreviver por conta própria, se esse contingente aumenta significativamente pela falta de emprego, mas a maioria nesse grupo não tem CNPJ?”, indagou o deputado.
O Onyx Lorenzoni defendeu a adequação das leis às novas modalidades de trabalho, como o home office e o trabalho intermitente, e disse ainda que a CLT não atende às necessidades de trabalhadores em parte do Brasil.
“A CLT não atende às necessidades hoje das regiões Norte e Nordeste do Brasil, atende de maneira relativa ao Centro-Oeste e parte do Sudeste. Ela estaria adequada hoje, pelo perfil econômico, para atender o Sul e parte do Sudeste apenas”, afirmou.
Mesmo com a minirreforma barrada pelo Senado, ministro diz que não desistirá de flexibilizar as leis trabalhistas.
“Não significa que vamos desistir dos programas que estavam ali [no pacote] inseridos’, falou Lorenzoni.
com informações da Câmara dos Deputados e Folha de São Paulo
Fonte: Redação Mundo Sindical