Patronal quer fazer de conta que 2022 não existiu. Professor não teve aumento mas escolas faturaram o ano inteiro. Não esquecemos o que nos é devido – seguem as negociações e deve aumentar nossa mobilização!
Na rodada de negociação do Ensino Superior 2023 desta quinta-feira, 23/03, a comissão de negociação dos sindicatos, coordenada pela Fepesp, defendeu as reivindicações que afetam diretamente professores e pessoal administrativo diante das condições de trabalho criadas com a introdução de tecnologias em salas de aula e a expansão em grande escala do ensino remoto – que vem promovendo a degradação do ensino, a precarização da atividade do professor e o aumento do volume de trabalho nas IES.
Foi uma rodada em que defendemos o que foi deliberado nas assembleias. E que mostrou, mais uma vez, que as mantenedoras não negociam com seriedade.
Querem embolsar o que nos devem! – O patronal propôs um esquema de pagamento de reajuste somente a partir de abril deste ano. Não querem pagar o reajuste de 2022. Isso não é sério. Essa proposta patronal é indecorosa e indecente. Por quê? Ponto por ponto:
1. Não reconhece a sentença normativa que mandou pagar 10,78% a partir de março de 2022;
2. Quer pagar parte dessa dívida parceladamente, até fevereiro de 2024;
3. Querem pagar apenas a metade da inflação no mês abril e deixar de pagar reajuste deste mês de março;
4. “Embolsa” a outra metade da inflação de 2022; e
5. Não discute o pagamento de aumento real ou de abono.
A comissão dos sindicatos recusou de cara essa proposta descabida. Não há o que inventar e insistimos nisso: reconheçam a sentença do Tribunal (veja aqui) e paguem o que devem, como decidido no julgamento de nosso dissídio de greve, que determinou reajuste salarial de 10,78% a partir de março de 2022.
Também foram defendidas a inclusão de cláusulas na convenção coletiva como direitos de autor do professor e a utilização de aulas gravadas repetidamente, o ensalamento de alunos em classes cada vez maiores, a regulamentação das disciplinas lecionadas a distância em cursos presenciais, as bolsas de estudo de professores e dependentes. Todos esses itens estão na mesa, foram deliberados em nossa assembleia, e queremos a inclusão na convenção coletiva.
Nova rodada de negociação está marcada para a próxima sexta, dia 31.
Por isso, atenção total aos avisos do sindicato! Passe adiante esta mensagem nas suas redes sociais, converse com seus colegas na sala de professores, que agora é hora de aumentar nossa mobilização!