Na manhã desta terça(21), o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região fazia uma assembleia com os trabalhadores da empresa Malcon, em Americana, quando a dirigente sindical Dayse Caetano foi agredida.
A agressão ocorreu quando a sindicalista falava ao microfone. Ela teve o equipamento violentamente arrancado de sua mão e arremessado contra ela em seguida.
Dirigente sindical é agredida
Este é o segundo episódio de violência ocorrido na porta da empresa onde os trabalhadores estão em protesto, inclusive com comunicado de greve.
Desde a semana passada, os trabalhadores protestam contra cinco demissões “por justa causa”, sendo duas de trabalhadores cipeiros e contra a retirada do direito à insalubridade de dois setores (Solda e Rebarba).
A mobilização também é contra:
- o parcelamento das verbas rescisórias;
- pelo pagamento do FGTS que a empresa não está depositando e
- implantação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) que há anos a empresa se recusa a pagar.
Além disso, parte da categoria que ainda está sem Convenção/Acordo Coletivo fechados segue em campanha salarial, cuja data-base é setembro, reivindicando reajuste salarial com aumento real e reajuste no vale alimentação.
O Sindicato está aguardando reunião com a direção da empresa.
Prática antissindical e agressões
As ações antissindicais praticadas pela Malcom durante o protesto têm provocado atitudes violentas contra o legítimo movimento dos trabalhadores.
Na semana passada a PM de Americana, acionada pela empresa, agiu com truculência e intimidação, abusando de provocações contra dirigentes sindicais e contra o advogado do Sindicato.
Uma policial chegou a apertar os mamilos de um dirigente sindical que pedia para não ser tocado; e outro policial segurou o advogado do Sindicato pelo cinto como se estivesse segurando um animal pela coleira.
Hoje, com a presença da advogada da empresa “convidando” os trabalhadores para entrar na fábrica, um deles se lançou contra a dirigente que falava à assembleia.
Cabe lembrar que tanto o direito do Sindicato de falar com os trabalhadores e vice-versa quanto o direito de greve, se assim os trabalhadores deliberarem, são direitos constitucionais.
Ambos devem estar garantidos e ser respeitados por todos!
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