Levantamento realizado pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos aponta que, de janeiro a setembro de 2021, foram realizadas 502 greves no Brasil.
O estudo destaca que a maioria (67%) ocorreu no setor privado, sobretudo nos transportes (181 greves), envolvendo principalmente rodoviários/as dos coletivos urbanos. Também chamam atenção as mobilizações dos/as profissionais de limpeza, serviços gerais e recepção (48 greves).
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Já no serviço público foram registradas 118 paralisações, o que representa 23% do total e os destaques ficam por conta dos servidores das redes estaduais e municipais de educação, com 36 paralisações e as chamadas “greves gerais”, que envolvem todo o funcionalismo de determinada administração (24 mobilizações nos municípios e nove nos estados).
A maior parte das greves (35%), segundo o estudo, foram motivadas por atraso no pagamento dos salários e férias. Depois vêm as demandas relacionadas à alimentação (24%), ao reajuste dos salários (23%) e à prevenção contra a contaminação por coronavírus (23%).
O Dieese destaca ainda que grande paralisações foram realizadas pelo funcionalismo público, em razão dos projetos de reforma do Governo Bolsonaro que congelam salários e alteram as
carreiras (inclusive a estabilidade do servidor). Nas estatais e empresas públicas, de acordo com o levantamento, as mobilizações estão centradas na manutenção do caráter público dessas organizações e na defesa do emprego, contra o desinvestimento e a precarização do trabalho promovidos pelo Estado.