A partir de 1º de janeiro, o salário mínimo deve ser reajustado para R$ 1.212,00, levando em conta apenas a estimativa da inflação de 10,16% para 2021 (INPC/IBGE), já que o governo não pretende incorporar nenhum ganho real.
O salário mínimo reajustado para R$ 1.212,00 terá poder de compra equivalente a cerca de 1,73 cesta básica.
A partir de 1º de janeiro de 2022, o salário mínimo (SM) oficial do Brasil deve ficar em torno de R$ 1.212,00, levando em consideração a intenção governamental de não incorporar qualquer ganho real. O valor resulta do acréscimo de 10,16% – estimativa considerada para a inflação do ano medida pelo INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre os R$ 1.100,00 em vigor durante 2021 – a aplicação de 10,16% resultaria, rigorosamente, em R$ 1.211,73, mas o valor deve ser arredondado para cima.
Os dados consolidados da inflação do ano, no entanto, só serão divulgados pelo IBGE na segunda semana de janeiro.
Estima-se que:
– 56,7 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo
– R$ 81,2 bilhões representam o incremento de renda
– R$ 43,8 bilhões correspondem ao aumento na arrecadação tributária sobre o consumo
Nesses últimos dois anos, a inflação no Brasil, que já era crescente, teve alta na taxa acumulada em 12 meses, a partir do segundo semestre de 2020, como resultado basicamente da elevação dos preços de três grupos de itens que compõem os orçamentos familiares: “Alimentação e bebidas”, “Transportes” e “Habitação”. Isso significa que aqueles trabalhadores com renda muito próxima ao salário mínimo foram os mais afetados com o rebaixamento drástico do poder de compra.
Nada mais justo e correto, se fossem compensados com algum ganho real de salário (por via de aumento real do SM) para enfrentar o próximo ano, ainda uma incógnita no que se refere ao
comportamento dos preços ao consumidor.
👉🏻 Confira a íntegra da Nota Técnica 265 do DIEESE:
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