No trimestre encerrado em junho, a taxa de desocupação no Brasil foi de 8,0%, marcando o menor resultado para desemprego esse período desde 2014. Nesse segundo trimestre de 2023, o número de pessoas desocupadas no país era de cerca de 8,6 milhões. O total de pessoas ocupadas foi de 98,9 milhões, com um aumento de 1,1% na comparação trimestral e de 0,7% em relação ao ano anterior.
O destaque da queda do desemprego desse período foi a expansão dos trabalhadores nos setores de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais, tanto no trimestre quanto no acumulado do ano. Essas informações foram divulgadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, conduzida pelo IBGE.
Queda no desemprego, mas taxa de informalidade se mantém elevada
Além da queda no desemprego, a PNAD Contínua também revelou que o contingente de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 13,1 milhões de pessoas, representando um aumento de 2,4% (mais 303 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. No entanto, houve estabilidade na comparação anual. Já o número de trabalhadores com carteira assinada no setor permaneceu estável no trimestre, totalizando 36,8 milhões de pessoas, mas registrou um crescimento de 2,8% (mais 991 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
A taxa de informalidade alcançou 39,2% no segundo trimestre, ligeiramente superior à taxa do primeiro trimestre, que foi de 39,0%, mas ainda abaixo dos 40,0% registrados no mesmo período do ano anterior.
Estabilidade nos rendimentos em junho
O rendimento real habitual manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 2.921, porém, apresentou um aumento de 6,2% na comparação anual. Já a massa de rendimento real habitual, que atingiu R$ 284,1 bilhões, ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas apresentou um crescimento de 7,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, representando um acréscimo de R$ 19 bilhões.
Setores com crescimento no ano e queda do desemprego
No geral, as atividades econômicas mostraram estabilidade no trimestre, mas em relação ao ano anterior, algumas categorias apresentaram crescimento significativo. Entre elas destacam-se: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (aumento de 7,1% ou mais R$ 124), Indústria (aumento de 4,3% ou mais R$ 115), Construção (aumento de 7,8% ou mais R$ 169), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (aumento de 7,1% ou mais R$ 161), Alojamento e alimentação (aumento de 8,2% ou mais R$ 146), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (aumento de 5,0% ou mais R$ 193) e Serviços domésticos (aumento de 6,5% ou mais R$ 70).
Comportamento das categorias de emprego
Na comparação com o trimestre anterior, as categorias de emprego se mantiveram estáveis. Entretanto, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, observou-se crescimento nas seguintes categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (aumento de 3,3% ou mais R$ 87), Trabalhador doméstico (aumento de 6,5% ou mais R$ 70), Empregado no setor público, incluindo servidores estatutários e militares (aumento de 4,1% ou mais R$ 171), Empregador (aumento de 17,4% ou mais R$ 1.108) e Conta-própria (aumento de 7,8% ou mais R$ 169).
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