PUBLICADO EM 13 de jul de 2022
COMPARTILHAR COM:

Deputados aprovam PEC do Auxílio, que cria R$ 41,2 bi em benefícios no ano de eleição

Proposta dribla a legislação eleitoral por meio da decretação do “estado de emergência”. Oposição não teve como votar contra aumento de benefícios sociais, apesar da manobra eleitoreira de Bolsonaro

PEC foi aprovada coim segurança: precisava de 308 votos e recebeu o “sim” de 393 deputados – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Com larga margem, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (12), em primeiro turno, o texto-base da PEC do Auxílio. Com o texto, eleitoreiro, o governo Jair Bolsonaro espera reverter parte da vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida eleitoral. O texto já havia sido aprovado no Senado, e tem vários apelidos, entre os quais PEC do Desespero, Kamikaze, das Eleições e outros. O placar foi de 393 votos favoráveis e 14 contrários.

Para ser aprovado, a PEC precisava de 308 votos, 3/5 dos deputados e ainda será votada em segundo turno, mas não se esperam surpresas. A proposta dribla a legislação eleitoral por meio da decretação do estado de emergência no país. O custo estimado dos gastos é de R$ 41,2 bilhões.

A oposição não teve como votar contra uma PEC que aumenta benefícios sociais em pleno ano eleitoral. A defesa do auxílio de R$ 600 é proposta da oposição desde o início da pandemia. O governo só cedeu, em 2020, quando a pressão se tornou incontornável.

Como o texto que veio do Senado não foi modificado, a PEC do Auxílio será sancionada pelo Congresso Nacional, como ocorre com as emendas à Constituição, e não pelo presidente da República.

O texto amplia o Vale-Gás, cria um auxílio de R$ 1 mil para os caminhoneiros, amplia o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 mensais e prevê o cadastro de 1,6 milhão de novas famílias no programa. Caminhoneiros autônomos ganharão do pacote de “bondades” de Bolsonaro um auxílio de R$ 1 mil.

Na semana passada, sob argumento de quórum baixo (427 deputados), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), suspendeu a sessão para não arriscar a aprovação da PEC.

Segundo turno adiado
Hoje, Lira estava seguro da aprovação. Tanto que iniciou a votação com quórum ainda menor do que na semana passada, e ainda com problemas técnicos no sistema de internet da Casa, o que prejudicou a sessão.

Porém, por problemas técnicos no sistema de votação, o presidente da Câmara decidiu suspender a continuidade da apreciação da PEC que amplia benefícios sociais em ano eleitoral. A previsão é que a votação seja retomada na manhã desta quarta (13).

Fonte: Rede Brasil Atual

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS