PUBLICADO EM 29 de mar de 2022
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Demitidos da Avibras programam série de mobilizações e ida a Brasília

Uma audiência pública sobre o assunto acontecerá nesta quarta-feira, na Alesp

Assembleia no Sindicato aprova mobilizações – Foto: Roosevelt Cássio

Os trabalhadores demitidos da Avibras aprovaram, em assembleia nesta segunda-feira (29), uma série de atividades para exigir do poder público e da empresa o cancelamento das 420 demissões ocorridas no dia 18. Logo após a assembleia, realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, 130 demitidos saíram em passeata pelo centro da cidade.

Entre as atividades aprovadas, está a organização de uma caravana para Brasília, neste domingo (3), com protestos a serem realizados em frente ao Palácio do Planalto e Ministério da Defesa. Ônibus sairão da sede do Sindicato (Rua Maurício Diamante, 65, Centro), às 15h.

Além de ter feito a demissão em massa sem qualquer negociação prévia com o Sindicato, a Avibras comunicou a entidade de que o pagamento das verbas rescisórias está suspenso, em razão do pedido de recuperação judicial, ainda não deferido pela Justiça.

Sem salário e sem as verbas da rescisão, os demitidos estão sem dinheiro para o sustento da família. Como forma de ajuda emergencial, o Sindicato vai iniciar imediatamente uma campanha de arrecadação nas fábricas para compra de cestas básicas.

Audiência Pública
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo agendou para quarta-feira (30), às 19h, uma audiência pública virtual em que será discutida a situação dos trabalhadores da Avibras.

O Sindicato levará para discussão a necessidade de estatização da empresa.

“O presidente Bolsonaro tem de se posicionar. Não podemos admitir que uma empresa da importância da Avibras, que é estratégica para o país, continue nas mãos de acionistas privados. A estatização é uma questão de interesse nacional. O poder público também tem de agir em defesa dos demitidos, que durante anos geraram lucro para a fábrica e, agora, são descartados sem qualquer direito. Vamos lutar até o final pela reintegração dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

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