Uma nova pesquisa nacional sobre a corrida presidencial será publicada nesta quinta-feira (15) pelo instituto Datafolha. As expectativas sobre a pesquisa recaem sobre a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vencer a disputa já no primeiro turno, que será realizado em 2 de outubro.
No último levantamento, de 1° de setembro, o ex-presidente liderava a preferência do eleitorado, com 45% das intenções de voto. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha 32%. Com isso, o petista somava 48% dos votos válidos, o que apontava para possível realização de um segundo turno.
Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa de 50% dos votos válidos (descontados os brancos e nulos), mais um voto.
Na pesquisa anterior, Ciro Gomes (PDT) seguia na terceira posição, com 9%, seguido por Simone Tebet (MDB), com 5%. Soraia Thronicke, Pablo Marçal e Felipe D’Avila tinham 1%. Votos brancos e nulos foram 4% e indecisos, 2%.
Na pesquisa espontânea, Lula teve 40% e Bolsonaro aparece com 29%. Ciro chega a 4% e Simone Tebet anota 2%. Até o momento, Lula lidera todos os cenários para a corrida eleitoral ao cargo de presidente, sempre seguido por Bolsonaro, que tenta a reeleição.
A duas semanas do primeiro turno, líderes políticos e celebridades tem se manifestado em favor de engrossar os votos do candidato petista para garantir a vitória já na etapa inicial e evitar os ataques do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas e à democracia. Ontem, por exemplo, foi a vez do deputado federal Leonel Brizola Neto (PT-RJ), o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo e o ex-jogador e comentarista Walter Casagrande Jr irem às redes sociais se manifestarem a favor da tese.
Alvos de hostilidade
O clima acirrado desta campanha, alimentado sobretudo pelo atual presidente da República, tem feito com que pesquisadores do Datafolha se tornem alvos de hostilidade. Nesta terça-feira (13), o instituto de pesquisas contabilizou dez intercorrências em municípios das diferentes regiões do país em um universo de 470 pesquisadores.
Houve casos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Maranhão, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Em Goiânia, um entrevistador chegou a ser empurrado por um homem que se identificou como bolsonarista e que disse não querer o profissional do Datafolha nas redondezas.
Em um município do Rio Grande do Sul, um pesquisador foi levado para averiguação por um policial que se identificou como eleitor de Jair Bolsonaro (PL). Antes de chegarem à delegacia, ele parou o carro e fez perguntas ao pesquisador que, na sequência, foi liberado e continuou seu trabalho em outro local.
De acordo com Luciana Chong, diretora geral do Datafolha, relatos de pessoas que passam gritando, acusando o instituto de ser comunista ou tentando filmar os entrevistadores como forma de intimidá-los têm sido comuns. Ela nota, contudo, que há uma piora no cenário — especialmente depois do feriado de 7 de Setembro, quando houve atos pelo país a favor de Bolsonaro.
Com Brasil de Fato e Folha de S.Paulo
Fonte: Rede Brasil Atual
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