Com 12 dias de greve, encerrada na manhã desta segunda-feira (12), os operários terceirizados a serviço da refinaria RPBC, de Cubatão, aumentaram de 4,6% para 7% a correção salarial.
Aplica-se o mesmo índice no vale-alimentação, que foi para R$ 42,32 por dia, inclusive nas férias, assim como nas horas extras, adicionais de periculosidade e noturno, férias e verbas rescisórias.
Pagam-se os dias parados e a participação nos lucros ou resultados (plr) corresponde a um salário integral. Com isso, está suspenso o dissídio coletivo requerido pelas empresas à justiça do trabalho.
Avanço e merecimento
“Foi um avanço? Foi”, pergunta e responde o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), Ramilson Elói.
“Os companheiros merecem isso e muito mais, por conta do profissionalismo de cada um, da importância do serviços e das condições de trabalho adversas”, pondera o sindicalista.
Ramilson vinha dizendo aos trabalhadores, nas assembleias e conversas informais, que a greve “começa no chão de fábrica e nele deve acabar”, sem necessidade de mediação ou julgamento judicial.
Incorporação em setembro
Antes da greve, iniciada em 31 de maio, as empreiteiras ofereciam 4,6%. Em audiência de conciliação, dia 30, o TRT (tribunal regional do trabalho) melhorou um pouco a proposta.
Nessa audiência, a justiça propôs, além dos 4,6% em maio, mais 1,4% em setembro. No dia seguinte, a assembleia rejeitou a sugestão e iniciou a paralisação.
O acordo fechado nesta segunda-feira estabelece que os 7% serão em forma de abono até agosto. Em setembro, serão incorporados aos salários. E que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será paga em duas parcelas: agosto e fevereiro.