
CTB defende 1º de Maio Unitário
Realizado de forma unitária entre as centrais sindicais desde 2019, o ato de 1º de maio de 2025 acontece em um contexto de agravamento da crise do capitalismo, por um lado, e pelo avanço da extrema-direita, por outro.
Em matéria divulgada nesta sexta (21), o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, disse: “O 1º de Maio deste ano será realizado numa conjuntura crítica, marcada pelo agravamento da crise da ordem capitalista mundial, que constitui o pano de fundo do perigoso avanço e ascensão da extrema direita. Por isto, mais que nunca a razão nos orienta a defender a realização do 1º de Maio/2025 unitário, como os que ocorreram nos últimos anos criando uma tradição que devemos preservar e consolidar”.
O dirigente lembrou da eleição de Lula em 2022, chamando a atenção para o “fracasso da empreitada golpista chefiada por Jair Bolsonaro” que “seria a instalação de um regime abertamente fascista”, mas ponderou que, apesar da derrota de Jair Bolsonaro, “a extrema direita ganhou musculatura nas eleições para o Parlamento, onde a correlação de forças segue extremamente hostil aos sindicatos e aos movimentos sociais e impõe também fortes restrições ao projeto de reconstrução nacional e transformação social do governo Lula”.
Luta contra os retrocessos
Adilson lembrou que o movimento sindical foi debilitado pela reforma trabalhista, que subtraiu dos sindicatos a principal fonte de sustento e disse que estas retiradas de direitos da reforma constituem em “um forte motivo a mais para a união que, como todos sabem, potencializa nossa força em contraste com a divisão e fragmentação, que nos torna ainda mais frágeis”.
Suas palavras foram corroboradas pelo secretário-geral da central, Ronaldo Leite, que acrescentou: “É por conta desta correlação de forças desfavorável que não foi possível a reversão dos retrocessos nas relações entre capital e trabalho e nem mesmo uma revisão, ainda que tímida e parcial, das reformas da CLT e da Previdência, promovidas com o claro objetivo de abolir e flexibilizar direitos sociais e enfraquecer o movimento sindical”.
1º de Maio Unitário
Com esta posição, a CTB está defendendo a unidade do ato político do 1º de Maio em torno das principais centrais brasileiras. Para o evento, Adilson ainda elencou pontos que, em sua opinião, os sindicalistas devem defender: “o fim da escala 6×1, reversão dos retrocessos impostos ao nosso povo após o golpe de 2016, nos governos Temer e Bolsonaro, reforma agrária, defesa da democracia, prisão para Jair Bolsonaro, redução dos juros e uma agenda desenvolvimentista”.
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