PUBLICADO EM 22 de jun de 2021
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CPI da Covid ouve Osmar Terra sobre ‘gabinete paralelo’ e imunidade de rebanho

Deputado possui forte influência com o presidente Bolsonaro e o teria aconselhado durante o combate à pandemia; Terra errou diversas previsões a respeito do andamento da pandemia

Osmar Terra foi ministro do Desenvolvimento Social durante o governo do ex-presidente Michel Temer – Foto: Reprodução

A CPI da Covid ouve, nesta terça-feira (22), o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) – tido como um dos líderes do ‘gabinete paralelo’ que teria assessorado e aconselhado o presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia. As informações são do portal G1.

Senadores membros da comissão devem questioná-lo a respeito dos posicionamentos de Terra, que são rechaçados pela comunidade científica, como a ‘imunidade de rebanho’ – superação da pandemia devido ao número altíssimo de infectados – e o uso de remédios sem comprovação científica.

De acordo com a apuração da GloboNews, o parlamentar teria se reunido 17 vezes com o presidente Bolsonaro desde o início da pandemia. Em um determinado vídeo no Palácio do Planalto, em setembro de 2020, Osmar acompanha Bolsonaro em um evento com médicos que manifestam-se de maneira contrária à vacina. Também é defendido o uso de farmacos ineficazes, a criação de um “shadow cabinet” (‘gabinete das sombras’ em tradução livre) para aconselhar o presidente.

No requerimento de convocação de Osmar Terra, os senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Humberto Costa (PT-PE) argumentam que “ações equivocadas e omissões lesivas ao interesse coletivo podem decorrer da forma como as principais autoridades do país viam e continuam vendo a ameaça do novo coronavírus . Neste ponto, é essencial saber qual a verdadeira concepção que o maior mandatário do país tem sobre o contexto no qual estamos inseridos e quem ajudou a construir esta noção”.

Outros requerimentos também serão votados antes da oitiva de Osmar. Nela, estarão em pautas pedidos de informação, quebras de sigilo e convocações de depoentes. Entre elas, a do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro – que não poderá ser votada devido ao entendimento da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal ( STF), que suspendeu a convocação para depoimento dos executivos municipais.

Fonte: iG Último Segundo

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