PUBLICADO EM 26 de maio de 2021
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CPI da Covid aprova reconvocação de Pazuello e Queiroga

Comissão também convidou Filipe Martins, assessor de Bolsonaro, e Luana Araújo, médica que foi exonerada de secretaria da Saúde. Nove governadores também serão chamados

Retorno de Pazuello vem após a participação do general em ato público a favor do presidente Jair Bolsonaro; Queiroga também prestará novos depoimentos

Os senadores CPI da Covid aprovaram, nesta quarta-feira (26), a reconvocação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga. Os novos depoimentos ainda serão agendados pela comissão.

Após solicitação da base governista, os parlamentares também aprovaram a convocação de nove governadores, além do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). Os mandatários estaduais serão chamados para explicar como foram usados os recursos repassados pelo governo federal e do ministro Marcelo Queiroga.

Os nove governadores convocados são: Wilson Lima (PSC), do Amazonas; Helder Barbalho (MDB), do Pará; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Mauro Carlesse (PSL), de Tocantins; Carlos Moises (PSL), de Santa Catarina; Antonio Oliverio Garcia de Almeida (PSL), de Roraima; Waldez Góes (PDT), do Amapá; Wellington Dias (PT), do Piauí; e Marcos José Rocha dos Santos (PSL), de Rondônia.

Já o retorno de Pazuello vem após a participação do general em ato público a favor de Jair Bolsonaro, no último domingo (23), no Rio de Janeiro – dois dias depois de prestar depoimento à CPI e se dizer contrário às aglomerações. “Após declarar, por exemplo, que sempre foi favorável ao uso de máscaras e ao isolamento social, o general da ativa decidiu participar de manifestação convocada pelo presidente sem as devidas precauções diante da pandemia que assola a população brasileira, fomentando atitudes que colocam a vidas das pessoas em risco. Essas e outras mentiras precisam ser esclarecidas”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) à TV Senado.

Outros convocados à CPI da Covid
A CPI da Covid também acordou que realizará duas reuniões para debater os tratamentos contra a covid-19 com drogas sem eficácia comprovada, como a cloroquina. Os parlamentares deverão ouvir quatro especialistas, dois a favor e dois contra o procedimento.

Integrantes e ex-integrantes do governo, além de empresários, também foram convocados para prestar depoimentos à CPI da Covid. Arthur Weintraub, ex-assessor do presidente da República e conhecido como o “Guru da Cloroquina” de Bolsonaro, é um deles. Filipe Martins, atual assessor do presidente, que esteve presente na negociação da vacina Pfizer, Airton Cascavel, ex-assessor especial do Ministério da Saúde, e o marqueteiro da gestão Pazuello Marquinhos Show também foram convocados.

A ex-secretária de Enfrentamento à Covid-19 Luana Araújo, que deixou o cargo 10 dias após ser nomeada por pressão do governo federal, foi um dos nomes aprovados pelos senadores. Os empresários Carlos Wizard Martins, que assessorou informalmente Eduardo Pazuello, e Paulo Baraúna, diretor da empresa de oxigênios White Martins, também prestarão depoimento.

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) tentou colocar em prática a proposta do colega Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, e pediu a convocação do pastor Silas Malafaia após Flávio dizer que é o pastor quem aconselha o presidente Bolsonaro. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), negou o pedido.

Mais cedo, Randolfe protocolou a convocação para Jair Bolsonaro prestar depoimento à CPI da Covid. Porém, como não há consenso entre senadores, o requerimento ainda não foi votado.

Fonte: Rede Brasil Atual

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