O Centro Popular de Cultura da UMES (CPC-UMES) promoverá, entre os dias 31/10 e 4/11 a Mostra-Exibição Denoy de Oliveira – A arte da resistência. O evento celebra os 90 anos do nascimento e os 25 anos da partida desse grande cineasta, ator, diretor, dramaturgo, roteirista, produtor e compositor.
As atividades acontecerão no Cine-Teatro Denoy de Oliveira (Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista). Serão exibidos dois documentários e quatro longas-metragens de ficção dirigidos por ele, além do curta de animação Cristo Procurado, dirigido pelo irmão, Rui de Oliveira.
Exposição sobre trajetória de Denoy
O saguão do Cine-Teatro abrigará uma exposição contando a trajetória de Denoy desde os tempos de teatro amador, passando pelo Teatro Nacional de Comédia, CPC da UNE, Grupo Opinião, a consagração como cineasta e a fundação da APACI (Associação Paulista de Cineastas) e do CPC-UMES.
Tótens sonoros permitirão aos presentes conhecer um pouco da faceta cantor e compositor de Denoy. Os materiais foram cedidos pelos irmãos, o também cineasta Xavier de Oliveira e o ilustrador Rui de Oliveira, e pela família da viúva, Maraci Mello.
A Mostra-Exibição Denoy de Oliveira – A arte da resistência conta com o apoio da APACI (Associação Paulista de Cineastas) e do Sindcine (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal).
Serviço
Exposição Denoy de Oliveira – A arte da resistência
De 31/10 a 4/11, das 18 h às 23 h.
Mostra Denoy de Oliveira – A arte da resistência
De 31/10 a 4/11 sempre às 19 horas.
Local: Cine-Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – São Paulo – SP
Programação
TERÇA – 31/10 – 19 h
Cristo Procurado: CURTA-METRAGEM | 1990 | DIR. RUI DE OLIVEIRA
Amante Muito Louca: COMÉDIA | 1973 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA (DEBATE COM Rui de Oliveira e Xavier de Oliveira)
QUARTA- 01/11 – 19 h
7 Dias de Agonia (O encalhe): DRAMA | 1982 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA
QUINTA – 02/11 – 19 h
O Baiano Fantasma: DRAMA | 1984 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA
SEXTA – 03/11 – 19 h
Pega Ladrão!: DOCUMENTÁRIO | 1994 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA
Que Filme “tu vai” Fazer?: DOCUMENTÁRIO| 1991 |DIR. DENOY DE OLIVEIRA
SÁBADO – 04/11 – 19 h
A Grande Noitada: COMÉDIA | 1998 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA
Quem foi Denoy Gonçalves de Oliveira
Denoy nasceu em Belém do pará, em 1933, e faleceu em na capital paulista em 1998. Ele foi diretor, ator, produtor, dramaturgo, roteirista, compositor. Cresceu no subúrbio do Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar aos 14 anos em funções diversas. Cursou Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a partir de 1957, sem concluir a graduação, e artes cênicas na Escola de Teatro Martins Pena.
Depois de várias peças amadoras, estreou como ator profissional na peça O Círculo de Giz Caucasiano (1962), dirigida por José Renato para o Teatro Nacional de Comédia.
Em 1963 passa a integrar o Centro Popular de Cultura da UNE.
Em 1964, após o fechamento do CPC pelo Golpe Militar, fundou junto com Ferreira Gullar, Oduvaldo Vianna Filho (Vianninha), João das Neves Teresa Aragão, Paulo Pontes, Armando Costa e Pichin Plá o Grupo Opinião. Começa no cinema com o irmão e cineasta Xavier de Oliveira (1937), fazendo produção, trilhas sonoras e atuando.
Em 1973 escreveu e dirigiu seu primeiro longa Amante “Muito Louca”! (1973), prêmio de melhor direção no 2º Festival de Gramado. Mudou-se, em 1976 para São Paulo, onde se tornou um dos principais articuladores da Associação Paulista de Cineastas (Apaci).
Dirigiu mais três longas: 7 Dias de Agonia (O Encalhe) (1982), O Baiano Fantasma (1984) e A Grande Noitada (1997), pelos quais foi premiado nacional e internacionalmente, além de curtas, médias e documentários.
Atuou em diversos filmes, além de compor e cantar trilhas sonoras, escrever roteiros e produzir.
Em 1994 fundou o Centro Popular de Cultura da UMES.
Xavier de Oliveira (Rio de Janeiro, 1937) é cineasta, roteirista, produtor. Seu curta de estreia, Escravos de Job (1965) venceu o 1º Festival JB/Mesbla de Cinema Amador.
Dirigiu cinco longas-metragens (Marcelo Zona Sul, André a Cara e a Coragem, O Vampiro de Copacabana, Gargalhada Final e Adágio ao Sol), além de curtas e documentários.
Fez também roteiros e, produziu e atuou.
Rui de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro. Estudou pintura no Museu de Arte Moderna desta cidade, artes gráficas na Escola de Belas Artes da UFRJ e, durante 6 anos ilustração na Moholy-Nagy University of Art and Design, em Budapeste. Estudou também cinema de animação no estúdio húngaro Pannónia Film.
Foi Diretor de Arte da TV-Globo e da TV-Educativa atual TV-Brasil. Entre suas aberturas e vinhetas destacam-se as criadas para a primeira versão da novela Sítio do Pica-Pau Amarelo e a reformulação do vídeo-grafismo da TVE.
Já ilustrou mais de 140 livros e projetou dezenas de capas para as principais editoras de literatura infanto-juvenil brasileiras, e é autor de seis filmes de animação, tendo recebido muitos prêmios por seu trabalho com animador e ilustrador. Entre eles por 4 vezes o Prêmio Jabuti de ilustração.
Recebeu em 2006 o prêmio de literatura infanto-juvenil da Academia Brasileira de Letras com o seu livro Cartas Lunares.
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