Mesmo com o alerta do Sindsep e manifestação dos trabalhadores contrários ao retorno das atividades nos Centros Educacionais Unificados – CEU, onde ainda temos números alarmantes da pandemia de Covid-19, a Prefeitura de Bruno Covas realizou a reabertura ao público no dia 10 de novembro. Conforme noticiado pelo sindicato (confira aqui), ao menos 2 trabalhadores testaram positivo e haviam ao menos 8 com suspeitas no CEU Butantã, Zona Oeste de São Paulo.
Com isso, o Sindsep exigiu da Secretaria Municipal de Educação (SME), além de acionar o Ministério Público, para o imediato fechamento desta unidade. Recebemos nesta quarta-feira, 25, por meio de ofício da Secretaria Municipal de Educação, a notícia que o CEU Butantã suspendeu o atendimento e que os trabalhadores que tiveram contato com os infectados cumprirão quarentena. Os serviços administrativos na unidade, porém, continuam sendo realizados. Além do CEU Butantã, o CEU Água Azul, localizado no extremo-leste, também está com o atendimento presencial suspenso. Ainda, também recebemos a informação que há um caso de contaminação no CEU Jaguaré.
Luba Melo, analista bibliotecária e diretora do Sindsep, comentou esta vitória dos trabalhadores. Para Luba, a reabertura das unidades foi uma “manobra eleitoreira” por parte de Bruno Covas e, com a contaminação de diversos trabalhadores, “o Sindsep foi pra cima, fez as denúncias e exigiu da Secretaria Municipal de Educação o total fechamento das unidades com trabalhadores infectados. Hoje, tivemos conhecimento de que o CEU Butantã e o CEU Água Azul suspenderam o atendimento presencial, uma vitória! Mas, precisamos que todos os CEUs suspendam por completo suas atividades, uma vez que o número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tem aumentado muito na rede pública”, afirmou Luba lembrando que a cidade vem apresentando números crescentes e acompanhamos UTIs sendo lotadas novamente.
Para o secretário de Educação e Formação do Sindsep, Maciel Nascimento, a prefeitura foi obrigada a reconhecer o que os trabalhadores e sindicato já alertavam. Segundo ele, “finalmente, o Prefeito Bruno Covas se vê obrigado a assinar embaixo, o que o Sindsep já afirmava, dizendo que Covas seria o maior responsável caso alguma fatalidade acontecesse em decorrência da reabertura das escolas.” Para Maciel, a suspensão só foi possível graças a pressão da categoria “e agora esperamos que suspendam as atividades do Ensino Médio, em especial, a EMEFM Osvaldo Aranha”, escola localizada em frente ao CEU Água Azul e que também sofre com casos de infecções por Coronavírus.
O Sindsep se mantém na luta pela segurança dos trabalhadores, dos usuários de CEU e seus familiares. Não podemos aceitar que tantas vidas sejam colocadas em risco, ainda mais às vésperas do segundo turno. Por que a prefeitura de Bruno Covas tem tanta pressa em reabrir estes serviços, mesmo sem conseguir a segurança dos trabalhadores? Reiteramos o pedido de que as unidades sejam temporariamente fechadas até que se tenha seguranças e garantias que novas contaminações não ocorrerão.
Fonte: Sindsep-SP