Com grande votação na assembleia virtual de 10 de agosto, os ecetistas de São Paulo consideraram a necessidade de ir à luta para barrar a privatização e garantir aumento e direitos na Campanha Salarial, e para isso decretaram estado de greve e marcaram assembleia para 17 de agosto, quando pode ser decretada uma paralisação!
Unidade por uma Campanha Salarial vitoriosa
Os trabalhadores dos Correios de São Paulo mostraram que não se intimidam com a pressão, ameaças e manobras da direção militar bolsonarista da ECT e participaram em grande número da assembleia dessa terça, 10 de agosto.
A votação do estado de greve resultou na aprovação com 1478 votos, com 52 companheiros votando contra e 13 abstenções.
Os dirigentes do Sindicato Diviza, Nego Peixe e Rogério Linguinha abordaram o momento difícil vivido por todos os brasileiros, de crise econômica, inflação e desemprego altos. Deixaram claro que é conhecida a apreensão da categoria, a preocupação com possíveis descontos, o cansaço gerado pelo trabalho extenuante.
Mas lembraram que é preciso lutar para não amargar os retrocessos que a direção militar bolsonarista da ECT quer impor. E para fortalecer a batalha, a FINDECT e o SINTECT-SP estão buscando a mais ampla unidade no calendário e nas ações com todos os Sindicatos da categoria no país e com a outra federação.
Na assembleia do dia 17 será avaliada e votada a proposta de uma paralisação nacional e unitária, inclusive com os todos os funcionários públicos do país que tem dia de luta marcado para 18 de agosto. Participe!
Barrar a privatização é prioridade
A luta contra a PEC 591 foi uma grande preocupação apresentada pela Diretoria do SINTECT-SP. O Presidente da entidade, Elias Diviza, lembrou que ele e outros dirigentes estiveram em Brasília no dia da votação do PL na Câmara para conversar, debater, pressionar e convencer os deputados. Mas grande parte já estava no bolso do governo e das grandes empresas interessadas na venda ou retirada dos Correios estatais da concorrência.
Diviza chamou todos os trabalhadores da categoria a estarem junto com o Sindicato na luta. A apoiarem a campanha nas redes sociais e irem às ruas conversar com os destinatários e desmascarar as mentiras do governo, que mente em pronunciamento de ministro e propagandas em várias formas e veículos.
Também afirmou que o Sindicato está negociando com redes de TV para tentar ocupar espaço e também ampliar as possibilidades de dialogar com a população.
Para Diviza, é importante levantar o moral nesse momento difícil para todos. É luta é mais importante que nunca, porque sem ela não há perspectivas que não seja a privatização e o reajuste zero que a direção bolsonarista da ECT quer impor.
Só a união e a participação de todos os trabalhadores da categoria podem evitar que as mentiras do governo enganem a população. E impedir que os moradores de cidades pequenas e longínquas e de localidades nas periferias fiquem sem os Correios, sem o direito a comunicação postal, e os ecetistas sem seus empregos, sem nada, que é o que vai acontecer se a privatização for aprovada.
O momento é de resistência e pressão sobre os senadores. Por isso é decisivo que toda a categoria entre na pressão junto com o Sindicato. Serão divulgados contatos dos senadores diariamente nos meios de comunicação da entidade. É fundamental todos os companheiros entrarem em contato com os senadores e seus gabinetes, que que compartilhem os contatos, chamando familiares, amigos e destinatários a entrar na batalha também.
Descontos da greve de 2020
Vários trabalhadores foram surpreendidos essa semana com desconto da greve de 2020. A direção da ECT age nesse momento de luta para tirar o alimento da mesa dos trabalhadores e tentar desmotivar os lutadores.
Na assembleia, a Diretoria do SINTECT-SP declarou solidariedade aos trabalhadores das bases dos Sindicatos da outra federação e que não obtiveram êxito na ação contra essa arbitrariedade. O Presidente do Sindicato Elias Diviza propôs a realização de uma vaquinha virtual para apoiar os trabalhadores.
No caso do SINTECT-SP, o sindicato conseguiu uma liminar pelo pagamento dos descontos arbitrários da greve, de vale alimentação e vale-cesta, inclusive com a determinação de multa em favor dos prejudicados em caso do descumprimento da sentença pela direção da empresa.
No dia 09/08, muitos companheiros verificaram que a programação dos tíquetes do mês estava reduzida. Avisado, o Sindicato entrou em contato com a empresa e cobrou, obtendo o reconhecimento de que houve erro e o compromisso de corrigi-lo ainda essa semana.
Se não ocorrer correção para alguém, é preciso entrar em contato com o Sindicato ou com algum diretor para que a correção e a multa sejam cobradas.
Fonte: Sintect-SP