Para instituições financeiras consultadas pelo BC, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano. Em maio, após um ciclo de 12 quedas consecutivas, o Copom decidiu manter a Selic no atual patamar, o menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Também é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle.
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo, reduzindo o controle da inflação.
Entretanto, segundo o BC, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.
Preços
Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.
Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.
Em 2018, o centro da meta de inflação é de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Para o mercado financeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, vai fechar o ano próximo ao centro da meta: 4,43%.
Fonte: Agência Brasil