Para o presidente em exercício do sindicato, Sorriso, na queda de braço com os patrões e a administração pública, os trabalhadores saíram vitoriosos na luta pela preservação da vida e dos empregos, além de garantirem cláusulas importantes da Convenção Coletiva de Trabalho: o reajuste de 4% no Vale Refeição; Participação nos Lucros e/ou Resultados de R$ 1.200,00 parcelado em 4 vezes; entrega do crachá, fornecimento de cesta básica e convênio médico para funcionários afastados pelo INSS e alteração do Plano de Carreira no setor de manutenção.
“De uma hora pra outra esse vírus mudou radicalmente as nossas vidas. Nós, condutores, passamos a usar máscaras, álcool em gel e manter um distanciamento social com os passageiros dentro dos ônibus como medidas de proteção. A luta pela preservação da vida passou a ser nosso maior desafio em 2020. Vivemos a maior crise sanitária do século XXI. A pandemia do coronavírus mudou o mundo. Mesmo assim tivemos perdas que nos causaram dor e tristeza”, afirmou.
Casos de Covid na categoria
Até o momento, 74 companheiros perderam a vida para o COVID 19. O Sindmotoristas jamais abandonou seus parceiros. Desde março, o sindicato trava uma batalha com empresários do setor e o Poder Público para garantir segurança, emprego e direitos trabalhistas. Diversas reuniões, ações judiciais e manifestações foram feitas neste período, porque a prioridade foi e será sempre os condutores de São Paulo.
“A maior parte dos trabalhadores esteve ao lado do sindicato, apoiando-o nessas batalhas. No entanto, alguns trabalhadores ainda não têm a compreensão dessa nova realidade, talvez porque estão sendo influenciados pelos oportunistas que vendem promessas e mentiras descabidas nas redes sociais”, disse Sorriso.
“Com muito esforço, encerramos a campanha salarial, uma das mais difíceis da história da nossa categoria. Mas para valorizar essa vitória, é preciso olhar lá fora. Quantos trabalhadores brasileiros perderam seu emprego sem receber seus direitos? Quantos sindicatos abriram mão da campanha salarial pela estabilidade do emprego da sua categoria? Quantos companheiros desejariam estar no seu lugar, condutor? Vencemos mais uma queda de braço. Essa vitória é de toda a categoria”, concluiu o presidente.
Fonte: Sindicato dos Motoristas de São Paulo