A paralisação foi aprovada em assembleia com mais de oito mil trabalhadores, no dia 16. A proposta patronal não avançou e foi rejeitada por unanimidade. Com data-base em 1º de maio, a categoria tem 50 mil na base. Ao todo, 14 mil ônibus circulam diariamente em São Paulo, transportando cerca de quatro milhões de pessoas.
Segundo o presidente em exercício do Sindicato de SP – Sindmotoristas – Valmir Santana da Paz (Sorriso), os trabalhadores estão prontos pra parar. “A assembleia foi uma resposta aos patrões que duvidam da nossa força. Não adianta impor a reforma trabalhista, retirar direitos e achar que a categoria vai se curvar. Se não melhorar a proposta, vai ter greve”, garante.
Pauta – Condutores reivindicam reposição da inflação; aumento de 3%; vale-refeição de R$ 27,00 (unitário); PLR de R$ 2.000,00; seguro obrigatório pra cobrir avarias de terceiros; Comissão Permanente por empresa pra discutir avarias e fim das cobranças abusivas; auxílio-funeral grátis aos trabalhadores e dependentes; vale-refeição nas férias; plano odontológico grátis; adequação do Plano de Carreira e Salários na manutenção; contratação de mais mulheres.
Patronal – Os patrões propõem reajuste salarial pela inflação; tíquete de R$ 24,00; zero de PLR; implantação do banco de horas; e intervalo de uma hora não-remunerado.
Prefeitura – O presidente licenciado do Sindmotoristas, Valdevan Noventa (deputado federal), informa que a diretoria do Sindicato se reúne com o prefeito Bruno Covas, hoje (20). Noventa bate: “Não aceitamos retrocesso. Ou atendem as reivindicações ou nenhum ônibus sai às ruas”.
Centrais – A assembleia contou com dirigentes de outras categorias e das Centrais. Ricardo Patah, presidente da UGT, adianta: “Estarei no encontro com o prefeito. Tenho certeza que vamos conseguir o melhor pra categoria”. Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova Central/SP, está confiante. Ele diz: “Se não houver acordo e se a Prefeitura não fizer a parte dela, não terá ônibus quinta. O prefeito tem poder, basta ele querer”.
Guarulhos – Condutores do segundo maior município do Estado derrotaram o patronato por meio de greve sexta (10). Audiência de conciliação no TRT-SP garantiu todos os direitos, inclusive a PLR que os empresários queriam tirar, e 5,07% nos salários.
Mais informações: http://www.sindmotoristas.org.br
Fonte: Agência Sindical