PUBLICADO EM 07 de dez de 2020

Condutores de Guarulhos param contra parcelamento do 13º Salário

Os condutores de Guarulhos, cidade localizada na região metropolitana de São Paulo, fizeram uma assembleia com paralisação até 5 horas da manhã em todas as garagens nesta quinta-feira (3).

Os trabalhadores protestaram contra a decisão arbitrária das empresas de transportes em querer pagar o 13º salário em quatro vezes.

“Já estamos passando um momento difícil devido à pandemia e ainda não fechamos nossa Campanha Salarial. Nossa categoria está trabalhando exposta à pandemia e aí as empresas aproveitam desse momento para precarizar ainda mais o trabalho”, disse o diretor do Sincoverg-CUT (Sindicato da categoria), de Relações do Trabalho da CUT-SP e da CNTTL, Wagner Menezes, Marrom.

Essa iniciativa das empresas atende ao Ministério da Economia que divulgou regras prejudiciais aos trabalhadores e trabalhadoras afetados pela suspensão do contrato de trabalho.

Ao contrário do que recomenda o Ministério Público do Trabalho (MPT) – que todos os trabalhadores afetados pelo Programa Emergencial de Proteção ao Emprego e Renda (Lei 14.020/2020) sejam contemplados com o 13° integral -, a nota técnica do Ministério desobriga as empresas de pagarem o 13° integral para esses trabalhadores. A orientação do governo é de que esses trabalhadores não tenham computados os meses que ficaram parados, portanto, o 13° para eles deve ser menor.

Com base na orientação do MPT, CUT recomenda que os sindicatos filiados fiscalizem o pagamento do benefício nas empresas que aderiram ao programa este ano, para que trabalhadores não sejam prejudicados.

CONDIÇÕES DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS

Os motoristas voltaram ao trabalho, mas colocaram condições para os empresários: não aceitarão parcelamento do 13º e esse direito deve ser pago de forma integral para todos os trabalhadores e trabalhadoras, inclusive para quem está com contrato suspenso.

O Sincoverg informa que os empresários têm até 72 horas para atender a pauta dos trabalhadores, caso recusem a categoria entrará em greve em Guarulhos e Arujá.

“Não aceitaremos o parcelamento do 13º Salário. Esse direito deve ser pago de forma integral para todos”, disse o presidente do Sindicato, Maurício Brinquinho.

Fonte: CNTTL

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