PUBLICADO EM 25 de abr de 2019
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Condições de trabalho pioram em 2018, aponta Dieese

A entidade lançou, nesta quinta-feira (25), o Índice da Condição do Trabalho (ICT-DIEESE). O indicador apontou piora na inserção ocupacional e nos rendimentos na comparação entre os quartos trimestres de 2017 e 2018

Foto: Arquivo

O Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos lançou, nesta quinta-feira (25) o Índice da Condição do Trabalho (ICT-DIEESE) que apontou que as condições de trabalho no País pioraram no último trimestre de 2018, em comparação com o mesmo período em 2017.

Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, explica que nesse período, o ICT-Dieese caiu de 0,39 para 0,36 ponto, um recuo de 0,6%. O indicador varia de 0 a 1, e considera a inserção ocupacional (formalização do vínculo de trabalho, contribuição para a previdência, tempo de permanência no trabalho); a desocupação (desocupação e desalento, procura por trabalho há mais de cinco meses, desocupação e desalento dos responsáveis pelo domicílio) e o rendimento (rendimento por hora trabalhada; concentração dos rendimentos do trabalho). “O indicador não define a condição ideal do trabalho, apenas indica que quanto mais próximo o valor do índice estiver de 1, melhor a situação geral do mercado de trabalho e, quanto mais próximo de zero, pior”, detalha Clemente.

Ainda de acordo com o economista e sociólogo, houve piora nas dimensões inserção ocupacional (de 0,33 para 0,29) e rendimento (de 0,46 para 0,44), no período avaliado. Já a desocupação mostrou estabilidade, em 0,36 ponto. “A piora na inserção ocupacional foi resultado do aumento do trabalho informal, de qualidade mais baixa, diminuindo a proporção de empregos formais. Já no âmbito do rendimento, a piora foi puxada pela alta da desigualdade de renda”, explica.

Veja vídeo do lançamento

Com informações do Portal G1

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