O comércio atacadista no estado de São Paulo criou 1.137 empregos com carteira assinada em novembro do ano passado, resultados de resultado de 14.011 admissões e 12.874 desligamentos. Os dados, divulgados hoje (29), são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Novembro foi o oitavo mês consecutivo em que houve mais contratações do que demissões no setor, que encerrou o mês com um estoque ativo de 500.159 vínculos trabalhistas formais, crescimento de 1,2% em relação a novembro de 2016. Segundo a Fecomercio, o número total de empregados com carteira assinada do setor não ultrapassava a barreira dos 500 mil trabalhadores desde novembro de 2015.
“O mercado de trabalho do comércio atacadista no estado segue em trajetória de recuperação, apoiado nas chamadas atividades essenciais, como alimentos, bebidas, produtos farmacêuticos e de higiene pessoal. A melhoria do consumo das famílias e o consequente impacto positivo no comércio varejista resultam também em bons números em termos de receitas e expectativas no setor atacadista”, destacou a entidade, em nota.
Para Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, “sempre é uma boa notícia o aumento de empregos com carteira assinada, principalmente no momento em que o País passa por uma das mais fortes recessões de sua história. Mas ao se olhar para as 12.874 demissões ocorridas em novembro, dois meses após o reajuste da salarial da categoria que é em setembro, não existe muito a se comemorar. A rotatividade do emprego é muito alta. Isso porque essas demissões tem por objetivo reduzir o impacto do reajuste salarial e as novas contratações significam a reposição do quadro só que com salário inferior.
“Acredito que os números positivos sobre a geração de empregos formais são sempre muito bem-vindos, ainda mais no comércio atacadista; sinaliza modesta retomada da economia”, afirma Luiz Carlos Motta, Presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (Fecomerciários) e da UGT/SP. “Nossa Federação e seus 71 sindicatos filiados comemoram a criação destas vagas, mas reiteram que as mesmas devem vir acompanhadas pela manutenção dos direitos trabalhistas dos comerciários, pelo cumprimento da Lei 12. 790 (Regulamentação da nossa profissão) e pela valorização do diálogo entre patrão e empregado, com efetiva atuação dos sindicatos nos locais de trabalho”, conclui Motta.
Com: Agência Brasil