PUBLICADO EM 18 de jan de 2022
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Com salários atrasados, trabalhadores da Inbra, em Maúa/SP, estão em greve

Os trabalhadores e as trabalhadoras do Grupo Inbra, em Mauá (SP), estão em greve desde a última terça-feira (11) contra os atrasos nos pagamentos dos salários, férias e não recolhimento do valor mensal pago ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O atraso nos pagamentos atinge, principalmente, as categorias dos vidreiros e têxteis, os trabalhadores do chamado chão de fábrica, segundo o Sindicato dos Vidreiros de São Paulo. Os cargos de direção e administrativo, contudo, seguem com os salários em dia.

O Grupo Inbra, especializado em equipamentos de segurança e automóveis blindados, informa não ter data para regularizar a situação. A empresa, que possui diferentes CNPJs para cada segmento de atuação, tem contratos em andamento com diversos governos estaduais, federal e no setor privado.

Apesar disso, os salários que deveriam ter sido pagos no dia 5 de janeiro não foram realizados, bem como as contribuições ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deixaram de ser feitos. Muitos trabalhadores que entraram em férias no semestre passado ainda não receberam os valores referentes ao período de descanso, enquanto alguns foram informados que receberiam em parcelas de até quatro vezes.

Cansados da situação e em desespero com as contas para pagar, uma comissão de trabalhadores foi criada na terça, com representantes do Sindicato, para dialogar com os donos da empresa. Na reunião, a empresa disse que “talvez” faria o pagamento na próxima sexta (14) e que tentaria vender títulos, junto aos bancos, para resolver o problema.

A falta de compromisso da empresa motivou a decisão de paralisação por parte dos funcionários, que foi referendada em assembleia na porta da fábrica ainda na terça pela manhã. Durante a tarde, os patrões da Inbra tentaram desmobilizar a luta dos participantes, mas sem sucesso.

Na manhã desta quarta, 12, uma nova assembleia foi realizada, quando a categoria decidiu pela continuidade da greve. Em paralelo a isso, o Sindicato acionou o setor jurídico e segue negociando com a empresa.

Fonte: Sindicato dos Vidreiros de São Paulo

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