Se fosse um filme, o 1º de Maio no Brasil, convocado por nove centrais sindicais e transmitido por centenas de redes sociais e pelas emissoras de televisão (TVT) e de rádio (Rádio Brasil Atual), seria considerado um sucesso de público e de crítica.
Segundo levantamento feito pela Rede Brasil Atual, a soma de todos os veículos de divulgação do Dia Internacional dos Trabalhadores no país (rádio, TV, Facebook e Youtube) alcançou um público estimado em 10 milhões de pessoas.
Só para ficar em um único dado, a TVT, emissora que gerou a transmissão do ato, ficou em 4º lugar de audiência na Grande São Paulo. E os acessos ao vídeo de seis horas do ato, postado no Youtube, continuam.
Tão importante quanto a audiência recorde para uma manifestação de trabalhadores, foi o conteúdo do ato, que associou a defesa da democracia e dos direitos, temas caros ao movimento sindical, com a amplitude política e social da participação.
Além de dezenas de artistas do Brasil e do exterior, o ato contou com a presença dos ex-presidentes Lula, Dilma e FHC, de lideranças políticas como Flávio Dino, Fernando Haddad, Manuela D’Ávila, Ciro Gomes, Marina e outras lideranças.
As nove centrais sindicais falaram por intermédio de seus presidentes e por uma representação feminina. Também se pronunciaram a UNE, MST, Frente Brasil Popular, outras organizações feministas, antirracistas e diversas organizações de massa.
Além da originalidade de ter sido a primeira vez que essa manifestação histórica dos trabalhadores e trabalhadoras não ter sido realizada nas ruas, cabe o registro, de importância política, que foi o primeiro palanque com caráter de frente ampla no país.
Em tempos de isolamento social e enfrentamento ao desgoverno de Bolsonaro, o movimento sindical brasileiro, com amplitude e combatividade, ocupou papel de destaque e inovador na cena política brasileira.
Nivaldo Santana, Secretário de Relações Internacionais da CTB e secretário de Movimento Sindical do PCdoB. Foi deputado estadual em São Paulo por três mandatos (1995-2007)
Maria Pimentel
Parabéns pelo artigo. Foi exatamente o sentimento de todos. Mesmo com aquela infeliz introdução fabricada pelo egocentrismo exclusivista da CUT/PT o 1° de Maio foi muito bom. Parabéns as centrais que conseguiram construir um ato tão amplo e combativo. Foi um fato histórico!!!!
Sandr
Sugiro que o próximo ato reunindo o campo democrático seja o Fora Bolsonaro, morão etc. Urge dar um fim ao desgoverno miliciano e fascista.