Felizmente a vida nacional se normaliza, os acontecimentos deixam de ser extraordinários alimentando a polarização e tornam-se corriqueiros.
Assim também na vida sindical em que as preocupações cotidianas dos dirigentes e dos ativistas ocupam seu tempo e o dos trabalhadores.
São as campanhas salariais com ganhos reais, os esforços para sindicalização, as eventuais greves, as comemorações festivas das datas significativas ou o entristecimento pelas mortes de companheiros pranteados.
É a constante e necessária “subida” às bases.
No avançar do calendário próximo crescem as expectativas sobre duas datas: o 28 de abril, em memória dos mortos no trabalho e o 1º de maio, Dia do Trabalhador.
Escrevi “expectativas”, mas deveria ter escrito com mais acuidade “iniciativas” para a preparação dos atos.
As direções e os ativistas têm realizado os esquentas preparatórios e, em todo o país, estão previstos atos cujo alcance e relevância dependem exatamente destes esforços.
Em São Paulo, por exemplo, o 28 de abril será marcado com almoço, confraternização e música e o 1º de maio, realizado em campo aberto na zona leste da cidade, reafirmará seu caráter unitário, reivindicatório, afirmativo e agregador.
É desta combinação de acontecimentos correntes e da preparação dos grandes eventos que está transcorrendo nestes dias a vida sindical, vida que segue reforçando cada vez mais a normalização que não é isenta de muitas e variadas peripécias.
João Guilherme Vargas Netto – consultor de entidades sindicais de trabalhadores