Lamentamos o incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e esperamos que as causas sejam devidamente apuradas.
Juntamos nosso clamor às vozes que não se cansam de cobrar respeito e valorização dos nossos patrimônios culturais e também criticamos o congelamento de investimentos feito pelo inútil governo Temer, por 20 anos, na educação, na ciência e na cultura (o famigerado e vergonhoso “teto dos gastos”).
Não podemos aceitar que uma instituição de 200 anos acabe em cinzas da noite para o dia. Que país é este?
Outros museus, vale lembrar, pelo Brasil afora, também sofrem com o descaso do poder público. O Museu do Ipiranga, em São Paulo, por exemplo, está abandonado há anos. E olha que vamos “comemorar” nesta semana o 7 de Setembro.
Temos motivos para celebrar a data histórica? Sim! Mas não sem uma reflexão crítica dos desmandos governamentais, do descaso com a educação e a cultura e do abandono de nosso patrimônio.
As pessoas que lutam por justiça e por um Brasil melhor são como o meteorito Bendengó, que ficou intacto no incêndio do Museu Nacional: vão resistir e continuar sonhando e lutando pela Nação.
Miguel Torres é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM e interino da Força Sindical