O primeiro deles é o SUS, cuja efeméride foi comemorada ontem, dia 15 e que precisa ser constantemente fortalecido. Quando digo SUS quero dizer também toda a comunidade da saúde (excetos os contrários à vacinação e os defensores da cloroquina), os funcionários e gestores que garantem um imenso serviço nacional, coordenado e descentralizado e têm a comprovada experiência de vacinações em massa com a simpática “Gotinha que salva”. O SUS salva vidas.
O segundo escudo é a imensa e molecular rede de solidariedade ativa que minimiza as agruras do povo pobre. São milhares de organizações dos movimentos sociais, de bairros e moradores, de ONGs, de igrejas que sensibilizadas pelas dificuldades e carências trabalham incansavelmente. Ao invés de se preocuparem prioritariamente com as ceias de Natal das famílias em pandemia, vão às ruas para garantir um Natal sem fome de milhões.
Deve-se notar que as grandes empresas abandonaram o modo solidário (divulgado durante muito tempo em cada edição do Jornal Nacional) e se retraíram egoistamente quando ficou maior a necessidade de auxílio.
O terceiro escudo (externo um desejo) é o conjunto dos trabalhadores organizados dirigidos pelo movimento sindical. As direções, convencidas de sua responsabilidade social e relevantes institucionalmente podem e devem ser um centro unitário de defesa da vida e das condições materiais de sobrevivência do povo, assim como garantiram – depois de uma década de lutas – a política nacional de valorização do salário mínimo (agora abandonada).
A tempestade perfeita virá e estes três escudos serão decisivos na defesa da vida, da solidariedade e dos necessários recursos aos trabalhadores e ao povo.
Se for possível, bom Natal e Boas Festas.
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical