Na grandiosidade do G20, em que o governo brasileiro alcançou um feito inédito ao criar uma Aliança Global contra a Fome e Pobreza que contou com a adesão de mais de 80 países, a tentativa de golpe também ganhou destaque nas redes sociais e nos meios de comunicação.
Os golpistas nunca vão ofuscar a estrela de quem nasceu para brilhar. Lula é um estadista nato e, com habilidade, conseguiu reunir, no Rio de Janeiro, líderes de Estados que representam 85% da economia global, em um momento de grande preocupação devido às duas guerras no mundo.
A divulgação da tentativa de golpe não me surpreendeu, uma vez que existe uma cultura hereditária no país de tomar o poder através da força para manter privilégios. Foi assim em 2016, com o golpe contra a presidenta Dilma, que estancou as políticas públicas implementadas por Lula e jogou o país no retrocesso.
O Brasil fez escola na presidência do G20 e deixou como legado a necessidade de envolver a sociedade civil nos debates para a construção de um mundo mais justo e igualitário. Vivemos um momento único para fazer uma grande mudança em prol de temas relevantes, como a crise climática, o desenvolvimento sustentável e a tecnologia no mundo do trabalho. Embora os países não sejam obrigados a cumprir o que foi acordado, a diplomacia brasileira conseguiu estabelecer uma posição política ao obter o consenso do grupo.
Como participante do G20 Social e ator nesse processo de transformação, vejo esse golpe como um chamado ao movimento sindical. É imperativo que os dirigentes sindicais estejam presentes em todas as ações para assegurar o progresso do país e isolar os golpistas baderneiros. O movimento sindical não pode ficar sem lugar de fala. A nossa presença é extremamente importante para assegurar a democracia e a igualdade social no país.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas